terça-feira, 20 de outubro de 2015

Nota em solidariedade ao companheiro Mauro Iasi

Para os que recitam Brecht: “Não se encoleriza; ridiculariza; não se indigna, propões reflexões; não pede sentimentos pede mudanças”.
O Anticomunismo é a base ideológica que vem ressuscitando o fantasma fascista no Brasil.
A onda conservadora que cresce no Brasil é um fenômeno dantesco, que toma proporções nas redes sociais e está diretamente presente no enfraquecimento da democracia institucional burguesa.
Os grupos conservadores de características fascistas tupiniquins vêm se destacando no cenário político brasileiro após as manifestações de junho e julho de 2013.
O que se apurou foram agressões a pessoas que portavam bandeiras vermelhas como do PCB, do PSTU e de outros movimentos, MST e CUT, que estão sendo alvo de xingamentos e agressões pela extrema-direita.
Depois vimos essa onda conservadora se manifestando nas eleições de 2014, com a votação do Congresso Nacional mais conservador dos últimos tempos.
É o show de ataques que atingem lideranças da Teologia da Libertação, de movimentos sociais e sindicais, sendo que agora a bola da vez é o líder do PCB Mauro Iasi, após seu discurso radicalizado no Congresso do CSP- Conlutas, em que ele se utiliza da poesia de Bertold Brecht para conflagrar os trabalhadores a responderem à violência dos capitalistas com a luta revolucionária.
O que se questiona é que hoje vivemos em um contexto político em que é urgente unir todos os setores progressistas e democráticos contra a direita e, nessa luta, acertar as contas com a estratégia petista de prioridade da luta institucional, que nos levou ao beco sem saída em que estamos agora.
O que não podemos negar é que a figura de linguagem utilizada por Mauro Iasi, no congresso da CSP-Conlutas, inflamou os grupos fascistas de plantão.
No entanto, estamos vivendo a fabricação do “anticomunismo” brasileiro, que está sendo ressuscitado por parte da mídia golpista e de seus novos personagens como o cantor Fábio Júnior, o ator Alexandre Frota, os cantores Lobão e Roger, além de outros que fazem um papel virtual de combate aos comunistas (CCC), que, na verdade, alicerçam os interesses das classes dominantes e do imperialismo, formados nas cartilhas de Olavo de Carvalho.
O que se pode concluir é que o anticomunismo está sendo usado como base ideológica comum entre os grupos fascistas da sociedade brasileira.
Fica claro que esse movimento tenta se organizar a partir de uma provável candidatura do deputado Jair Bolsonaro, que de forma oportunista acirra a luta de classes, deturpando a realidade política e econômica atual.
Vivemos uma crise política pulsante, e esse movimento liderado por Jair Bolsonaro faz um discurso fascista que vem tomando as redes sociais e a mídia golpista. Por isso não podemos subestimá-lo, pois visa confundir a luta da classe trabalhadora e, por sua grande aceitação popular, pode vir a minar a luta socialista e comunista.
Nesse sentido, nós da Frente Resistência somos contrários a qualquer ataque que é feito contra os movimentos sociais, sindicatos e pessoas que se dedicam a causas humanitárias, ao socialismo e, em especial neste momento, também contrários ao ataque oportunista feito a Mauro Iasi nas redes sociais.
O que é espantoso é saber que a extrema-direita nacional está monitorando os trabalhadores nas suas assembleias e sindicatos e construindo a imagem de Jair Bolsonaro para a próxima eleição presidencial em 2018.
Nesse sentido é importante refletir a belíssima poesia de Brecht que nos atenta a essa realidade. “A injustiça avança hoje a passo firme. Os tiranos fazem planos para dez mil anos”.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Maracutaias brasilienses... o que temos com isso?

                                                                                                  por Mário Medina

Corre à boca miúda no congresso nacional que Eduardo Cunha e Dilma estão entrando em acordo: Cunha não lançaria o rito do impeachment e Dilma articularia com outras forças para que o presidente da câmara não perca seu mandato.
E deve verdade. Não duvido. Todas as maracutaias que vem sendo consumadas por lá convencem de que esses politiqueiros são capazes de qualquer coisa para salvarem a própria pele.  Notem a reforma ministerial de Dilma, que entregou a pasta da saúde ao PMDB, e ofereceu a de Ciência e Tecnologia a um pau mandado de Cunha, tudo para tentar dissuadir os peemdebistas de incorrerem com o impeachment.
Verdade seja dita, o golpe já foi dado, e a vítima é o povo brasileiro, que, em meio a uma severa crise econômica, é obrigado a ver seus direitos se esvaindo por meio de um governo recentemente eleito, governo esse que jurou de pé junto estar ao seu lado.
Mas para Dilma e o PT é mais importante permanecer na presidência do que estar ao lado dos anseios populares. Lula se gabou ontem das pedaladas fiscais de Dilma terem servido para financiar os programas sociais; mas o que ele não diz é que isso só foi feito por ocasião do ano eleitoral, para que Dilma fosse reconduzida à presidência.
De todo o resto Lula faz tábula rasa. E quando a coisa fica muito preta pro seu lado, ele tira o corpo e critica, como se não tivesse nada com isso.
Agora todo mundo pia manso: PT, Lula, Dilma. E nesse embalo o governo eleito vai abrindo espaço para os picaretas do PMDB mandarem no país a seu bel prazer.
E o PMDB é aquela coisa, fisiologismo em forma de partido. Tudo pelo poder, tudo pela grana, tudo pelos ministérios, tudo pelos cargos comissionados, tudo pelos financiamentos e lobbys com empreiteiras.
A gente pensa que é a Dilma que manda no Brasil mas quem manda é a alta burguesia que financia o PMDB. São os banqueiros que deram milhões para que Cunha fosse eleito com mais de 200 mil votos no Rio; são os empreiteiros, são os latifundiários, agro-exportadores que matam índios e pobres no interior do país; os industriais que recebem dinheiro do BNDES e que demitem sem dó nem piedade ao anúncio de recessão e queda em seus lucros.
E com o Brasil destinando metade de seu orçamento pro arrolamento da dívida, temos que ver na tv os economistas pau mandados da Globo dizerem que as farras fiscais da Dilma é que quebram o país, afirmando que o ajuste fiscal é necessário.
E segue a cantilena: corrupção, lobbys, acordos espúrios, desemprego galopante, inflação nas alturas, etc, etc.
O que fazer diante da barbárie dos dias atuais, deitar na cama e chorar em lugar que é quente? A classe trabalhadora não tem tempo pra isso. O sujeito que madruga pra trabalhar e que passa o dia inteiro se esfolando pra colocar comida na mesa da família não tem culpa. Legítima a revolta de um cara desse ao ver a Dilma pedindo paciência na tv, ou ao ver que Cunha continua presidente da câmara mesmo depois de mentir na CPI, mesmo após ter suas contas na Suíça descobertas.
Aumenta a gasolina, aumenta o pãozinho, aumenta a cara de pau dos políticos. Só não aumentam os salários. Não aumenta a qualidade de vida. É aluguel pra pagar, conta da luz com ''reajuste'' de 40%, etc, etc
Assim fica muito difícil!!!



TROTSKY e o ESTADO ISLÂMICO

                                                   Contribuição de Beth Monteiro
 sobre a questão síria e a intervenção russa

NÃO IMPORTA O QUE EU PENSE, ou minhas interpretações da conjuntura mundial. O fato é que a maioria dos povos oprimidos, neste momento, está festejando Putin e a determinação da Rússia em combater os mais execráveis terroristas fascistas que atuam na Síria. Que importância pode ter se gostamos ou não de Putin? Neste momento, o que está em jogo é a divisão da Síria em vários califados reacionários e fascistas ou a preservação de um Estado laico que pode vir a ser democrático.
Existem duas forças capitalistas disputando a hegemonia do mundo: de um lado, o Estados Unidos e aliados como União Europeia, Arábia Saudita, Turquia e Monarquias do Golfo Pérsico mais Canadá, Austrália e outros subalternos; do outro lado está a China e a Rússia e alguns aliados hesitantes.
O criador do Exército Vermelho, Leon Trotsky, dizia que não seria possível simplesmente ignorarmos a existência do imperialismo só por não gostar dele, uma vez que seria preciso conviver com esta realidade e adotar a política correta para enfrentá-lo.
Foto de Beth Monteiro. Ser contra o imperialismo é mesma coisa que ser contra o capitalismo. Não existe capitalismo do bem e capitalismo do mal. Do ponto de vista dos trabalhadores, o que existe é a necessidade de adotar a melhor política para avançar na luta pela derrocada do capitalismo/imperialismo.
Na Segunda Guerra Mundial, havia o imperialismo alemão, comandado por Hitler contra os comunistas da União Soviética e contra o imperialismo “democrático” liderado pela Inglaterra, Estados Unidos e aliados.
Os trabalhadores, sob a influências dos Partidos Comunistas, em vários países, optaram por lutar contra o nazismo de Hitler, em primeiro lugar. Infelizmente, os trotskistas desapareceram do cenário da segunda Guerra Mundial, restando apenas os estalinistas para levar esta luta, mesmo que com seus erros.
A esquerda comunista estalinista brasileira teve que se esforçar para convencer os trabalhadores de que o ditador Getúlio Vargas estava errado em apoiar Hitler e mobilizá-los para pressionar o regime de Vagas a se juntar aos Países aliados ( Reino Unido, União Soviética e Estados Unidos) contra o Eixo: Alemanha, Itália, Japão e aliados.
O nazifascismo de hoje está em Irael, na Arábia Saudita que são apoiados pelos Estados Unidos e União Europeia. De que lado os trabalhadores devem ficar?
É muito cômodo dizer que os trabalhadores não devem optar entre dois imperialismos, mas apenas fazer a REVOLUÇÃO SOCIALISTA, mesmo sabendo que eles não têm condições para isto, no momento. Isto se chama ultimatismo.
Que culpa têm os trabalhadores de todo o mundo se, em mais de 70 anos, os revolucionários trotskistas não foram capazes de dizer a eles o que fazer em determinadas situações? Por isto, agem por instinto; por isto apoiam Assad, na Síria, e as ações da Rússia, como uma tábua de salvação, como a única forma de preservar o país que tanto amam.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Arcebispo sírio defende permanência de Assad

Há muito tempo que a Tendência Revolucionária tem defendido a permanência de Assad no governo sírio e a frente única com seu governo para a retomada de territórios conquistados pelo Estado Islâmico.

É de conhecimento de qualquer um o avanço de posições do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, e os riscos que isso implica para a democracia e os direitos humanos O EI tem assassinado cristãos, yazidis, xiitas, e mesmo sunitas que se opõem as suas deliberações. Seus militantes tem matado com requintes de crueldade e mulheres e crianças tem sido vítimas de seus estupros. O EI é um câncer que precisa ser extirpado. 
Por tudo isso defendemos uma frente única com Assad. Após a vitória sobre o EI, a classe trabalhadora síria deverá se ver com Assad e resolver suas questões internas.

SÍRIA - Arcebispo Hindo: "palavras inquietadoras de McCain sobre os rebeldes anti-Assad armados pela Cia"


Hassaké (Agência Fides) - "O senador estadunidense John McCain protestou dizendo que os russos não estão bombardeando as posições do Estado islâmico, mas sim os rebeldes anti-Assad treinados pela Cia. Eu acho estas palavras inquietadoras. Representam uma admissão clara do fato que por trás da guerra contra Assad está também a Cia, e que se trata de um conflito apoiado por círculos de poder distantes da Síria e seus aliados no Oriente Médio". Assim, o Arcebispo sírio Jacques Behnan Hindo, na guia da arquieparquia sírio-católica de Hassaké-Nisibi comenta com a Agência Fides alguns desenvolvimentos recentes do conflito sírio, marcado pela intervenção direta de forças militares russas contra as posições das milícias jihadistas.
"A Propaganda ocidental", disse o Arcebispo Hindo, "continua falando sobre insurgentes moderados, que não existem: na galáxia de grupos armados, a do Exército Sírio Livre se encontra somente usando uma lupa. Todos os outros nomes, a parte o do Estado Islâmico (Daesh), foram transferidos ou engolidos na verdade pela Frente al-Nusra, que é o braço militar de Al-Qaeda na Síria". De acordo com o arcebispo sírio-católico, "há algo muito inquietador em tudo isso: existe uma superpotência que há 14 anos desde o dia 11 de setembro protesta porque os russos atingiram as milícias de Al-Qaeda na Síria. O que significa isso? Que agora Al-Qaeda é um aliado dos Estados Unidos somente porque na Síria tem outro nome? Mas realmente desprezam tanto a nossa inteligência e a nossa memória?"
Na entrevista à Fides, o Arcebispo Hindo repete que "a decidir se e quando Assad terá que ir embora, serão nós os sírios, e não o Daesh ou o Ocidente. E é certo que, se Assad for embora agora, a Síria se tornará como a Líbia". O Arcebispo sírio lança um alerta: "Recebemos notícias terríveis da cidade de Deir al Zor, sitiada pelo Daesh há muito tempo. Não entra mais nada na cidade, não têm mais comida e a população está literalmente morrendo de fome. É preciso fazer algo imediatamente, antes que seja tarde demais". (GV) (Agência Fides 2/10/2015).

Fonte: Fides

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

No dia em que o leão se levantar

por Erwin Wolf, da TML

O livro de André Martinez “NO DIA EM QUE O LEÃO SE LEVANTAR”,  com o subtítulo “O retrato da hanseníase no Brasil na época dos confinamentos” , de 160 páginas, editado pelo próprio autor, é uma bela e humana obra de ficção.


Como o próprio subtítulo diz, é um retrato da hanseníase no Brasil na época dos confinamentos. André justifica o por que fez um livro de ficção: “Simplesmente por um único motivo: entre as conversas que tive, percebi que ali dentro todos tinham uma identidade e um sonho, que acabaram se perdendo pelo meio do caminho devido à doença. Portanto, na ficção, poderia eu realizar muitos destes sonhos em personagens que mesmo fictícios, foram inspirados em pessoas e fatos reais, que sofreram de forma verdadeira a dor da hanseníase.”

Desde a antiguidade que os doentes de hanseníase eram perseguidos, apedrejados,  chamados cruelmente de leprosos e morféticos. Tinham que viver escondidos e encapuzados, como animais, nas matas.   

Em 1924 iniciou uma pandemia da doença no Brasil, sendo que “O governo está criando a polícia da profilaxia da lepra, que será responsável por captura os doentes. Aqueles que infringirem a lei serão severamente punidos.” Muitas vezes suas casas eram incendiadas. No Brasil, a questão da saúde e a questão social são sempre tratadas como caso de polícia. 

Na cidade de Mogi das Cruzes, cidade de colonização japonesa, voltada à agricultura, “O cinturão verde da Grande São Paulo, foi construído a colônia, com o nome de Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti” (na obra de André, Hospital Colônia Onofre da Costa, em uma grande e bela área. Foram construídos o casarão de bela arquitetura, “carvilles” (habitação coletiva, tipo americana),  cine teatro, campo de futebol, padaria, galpões que abrigavam pequenas fábricas (a colônia fabricava tudo que podia, para ter o mínimo contato com o exterior), cemitério,  e, conforme a ironia de André, “Até mesmo um cassino foi construído para os jogadores, além de uma cadeia para os baderneiros, já que afinal de contas, uma cidade sem cadeia, não é cidade !”  A Santa Casa de Misericórdia ficou de fornecer os médicos e as irmãs carmelitas de cuidar dos doentes. Essa colônia, no entanto, foi cercada como se fosse um campo de concentração, com jagunços armados, prontos para atirar,  caso algum paciente se aventurasse tentar fugir.

Em frente ao casarão, há um leão de concreto, com uma bola de futebol entre as patas dianteiras. Esse leão foi obra de um artista plástico e escultor que foi paciente da colônia. Os pacientes capturados, quando chegavam  à colônia, costumavam indagar quando sairiam dali. A resposta era sempre a mesma, ou seja, a que dá título ao livro. Os paciente não tinham nenhuma alternativa, nenhuma saída. Era uma prisão perpétua.

As pessoas viviam separadas. Não era permitido o namoro. “Demonstrações maiores de afeto em público eram rapidamente repreendidas pelos policiais.” E “Somente as pessoas que já estavam casadas antes de entrarem no hospital, poderiam viver juntas.” As crianças que nasciam era retiradas da mãe e enviadas para orfanatos ou preventórios para doação. Essas crianças eram cruelmente tratadas de “ninhadas de leprosos”. Apenas no início da década de 60 foi permitido o namoro. “Mas de todas as áreas ruins do hospital colônia, nenhuma delas se aproximava ao manicômio, um local onde as condições eram piores que a de animais antes do abate.” E “Os doentes permaneciam por em um verdadeiro depósito humano, estando muitas vezes nus e sujos com suas próprias fezes. O mau cheiro era insuportável. Naquele local, era muito comum aqueles que estavam um pouco menos afetados psicologicamente falando, cometerem o suicídio.”

Os pacientes tinham as correspondências censuradas, ou seja, elas não chegavam aos seus destinatários. Muitos pacientes pensavam que tinham sido abandonadas pelos seus entes queridos e se suicidavam.

A única oportunidade que os doentes tinham de sair da colônia era por ocasião dos campeonatos de futebol. Como com o tempo surgiram mais colônias, nestas eram organizados torneios internos, sendo que a equipe campeã representava a colônia nos campeonatos contra outras colônias. Nessas ocasiões os pacientes viajavam de ônibus, tendo contato com o mundo fora da colônia.

O livro conta também a história de um lenhador que foi líder de sua categoria, tendo organizado greve na fazenda onde trabalhava, trabalhador esse que veio a desenvolver a doença.

O enclausuramento na colônia terminou em 1967. Os americanos descobriram a sulfa para tratamento do hanseníase e pretendiam exportar para o mundo inteiro.  Como o Estado de São Paulo não queria acabar com o enclausuramento,  o que os americanos entendiam como uma propaganda negativa com relação ao remédio que haviam inventado, aí pressionaram o governo brasileiro para acabar com o confinamento. Estavam, ainda, preocupados que a URSS e Cuba inventassem um medicamento ainda melhor.  Esse fato lembra o que aconteceu com o fim do tráfico dos escravos negros no Brasil, quando a Inglaterra, em razão do interesse de seu capitalismo em expansão, visando comercializar seus produtos, impôs o fim do tráfico de seres humanos. O materialismo histórico e a dialética nos ajudam a entender essas contradições, que propiciam o desenvolvimento da humanidade.

Com o fim do confinamento, não terminaram os sofrimentos dos pacientes, pois a doença deixa marcas, atrofia os membros “mãos de garra”, deforma  rosto, a chamada “face leonina”, etc. Muitos pacientes, devido ao preconceito, tinham medo de ser apredrejados, preferiram retornar à colônia, sendo que o governo passou a pagar para eles pensão. “Hoje em dia, o Hospital “Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti” é um dos principais da região nas especialidades de UTI pré-natal e doenças infectocontagiosas.”

No dia em que o leão se levantarAssim, a colônia não deixava de ser um campo de concentração. Ela ficou para trás, mas outros campos de concentração existem no Brasil ainda hoje. Não é uma coisa distante que existiu apenas na época do nazismo de Hitler, na Alemanha, na Áustria ou na Polônia. A questão da saúde e social é tratada como caso de polícia. No Brasil, temos a terceira população carcerária do mundo. O que era a Casa de Detenção, no Carandiru, em São Paulo ? O que são os Centros de Detenção Provisória, CDPs  ? O que são os  presídios de segurança máxima ? O que são as prisões pelo País afora ?  Masmorras medievais.

Recomendamos a leitura do livro do André, 36, escritor que possui 14 livros editados, tendo sido vencedor por quatro vezes do prêmio Jovem Brasileiro, nos anos 2009, 2010, 2013 e 2014; apresentador de rádio e TV; colunista de semanal de jornal; e trabalhador telefônico (setor de telecomunicações), sendo que foi graças a essa atividade, ao fazer a manutenção no Hospital “Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti” que teve contato com a história da colônia.

Todo esse retrato demonstra que não há saída nos marcos do capitalismo para essa barbárie. Somente 
a luta pelo governo operário e dos trabalhadores, colocará na ordem-do-dia o socialismo para superar o modo de produção capitalista,  por meio de uma economia planificada, com a expropriação dos meios de produção (fábricas, latifúndio, etc), expropriação dos bancos, monopólio do comércio exterior.



domingo, 11 de outubro de 2015

Tendência Revolucionária adere à Frente Resistência

Pelo bem e pela unidade da esquerda revolucionária no Brasil e no mundo! 

Frente Resistência, quem somos? A Frente Resistência é uma iniciativa construída coletivamente para atuar nos marcos da emancipação da classe trabalhadora e dos povos oprimidos, do anti-imperialismo e do antifascismo.
Não é uma organização nem pretende se constituir em uma. Envolve agrupamentos e militantes individuais de diversas tradições da esquerda, que, mantendo seus próprios programas e visões de mundo, estão dispostos a um trabalho em comum nos marcos apontados.
Venham militar com a Frente Resistência! Blogs dos agrupamentos e indivíduos que compõem a Frente Resistência: www.coletivolenin.blogspot.com,www.espacomarxista.blogspot.comwww.socialistalivre.wordpress.comwww.tendenciarevolucionaria.blogspot.com,www.tmarxistaleninista.blogspot.com.br