sábado, 21 de setembro de 2013

A REVOLUÇÃO SUICIDA





                                                              por Beth Monteiro / RPR- Rio de Janeiro

PARA FAZER A REVOLUÇÃO, A VANGUARDA DO PROLETARIADO SÍRIO ESTÁ TRUCIDANDO A CLASSE TRABALHADORA. 

Uma conclusão lógica, pois o terror da extrema direita representada pela Al-Nusra/Al Qaeda, o terror de outros grupos diretamente burgueses, reformistas, laicos, democráticos e de esquerda, que atuam em estreita colaboração com a extrema direita fascista da Al-Qaeda/CIA/Monarquias ultrarreacionárias, que estão assassinando, torturando e praticando até canibalismo, não estão dizimando a burguesia síria, mas os trabalhadores.

A maioria dos alegados 100 mil mortos , ocorridas nestes mais de dois anos de guerra civil, são, em primeiro lugar, soldados do Exército Árabe Sírio, em segundo lugar os chamados rebeldes e , em terceiro lugar trabalhadores, estudantes, homens, mulheres e crianças pobres, pois os ricos têm como se proteger. Claro está que não está descartada, nesse caso, as mortes de civis causadas pelo Exército oficial e suas milícias.

É preciso considerar que o Exército oficial tinha, no início da guerra civil, cerca de 100 mil componentes com 300 mil reservas e, atualmente, esse número é muitas vezes maior, apesar das rupturas e baixas. De onde o regime sírio convoca esses soldados? Da classe trabalhadora, claro, pois da burguesia é que não poderia ser. E por que eles vão servir ao EAS? Será por que , com o país devastado, estejam desempregados? Mas, nesse caso poderiam aderir aos grupos armados. A única conclusão é que apesar de serem em sua maioria sunitas( historicamente rivais dos Alauítas que governam a Síria), acreditam firmemente e dão suas vidas para defender seu país da dominação imperialista.

Neste momento, e só por este momento, em que o imperialismo norte-americano, a mais poderosa e infame máquina assassina do mundo, recuou, quem sai momentaneamente vitorioso? A burguesia ou os trabalhadores de todo o mundo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário