segunda-feira, 27 de abril de 2015

Império contra ataca, aproxima-se de Cuba e cria mega Acordo Transpacífico


Leon Carlos – Tendencia Militante Bolchevique,
seção argentina do Comitê de Ligação pela IV Internacional

Confirmadas nossas teses, publicadas no Folha do Trabalhador 22, de que a “aproximação” dos EUA com Cuba, tem como fim a reconstrução de um pretenso “panamericanismo” por parte do imperialismo, como uma tentativa par isolar o bloco composto por China, Rússia e Irã no continente americano.

De acordo com a Forbes, a principal revista de negócios e economia dos EUA: “Obama está usando Cuba para combate a crescente influência da Rússia, Irã, e da China na América Latina” (16/04/2015).

Os dois lados da guerra fria confirmaram a caracterização do CLQI. Também o principal órgão difusor das posições do governo russo, o canal RT, ou TV Novosti.

A esta “agenda mais ampla e ambiciosa: que reestabeleça a presença dos EUA na América do Sul” o império contra-ataca através do recente Acordo Transpacífico que buscam fazer o mesmo na bacia do pacífico, mantendo o eixo imperialista EUA + Japão: e reunindo também: Canadá, México, Cingapura, Brunei, Malásia, Austrália, Nova Zelândia, Peru e Chile. Vale destacar que também o ex-Estado operário do Vietnã, agora um país capitalista, encontra-se mais próximo da órbita imperialista que chinesa hoje. Segundo Obama, o Acordo Transpacífico, que reúne 40% do PIB mundial, é o “acordo comercial de mais alto nível de nossa história”.

A atual ofensiva do imperialismo na America Latina, tendo como eixo as intentonas golpistas na Venezuela, Argentina e em especial no Brasil, estão ligadas a necessidade do imperialismo de "blindar" até onde seja possível o continente da influência sino-russa. Uma vez que, que como afirmamos antes, não pode haver, mesmo um falso "pan-americanismo” sem o Brasil, todas as apostas dos EUA são para recuperar o controle do Brasil, pela capitulação do PT, uma renúncia, ou por um impeachment.


É na luta anti-imperialista e antigolpista que os trabalhadores podem fabricar a verdadeira unidade continental, onde se realizará a luta contra o grande capital de forma consequente e efetiva, pela construção da Federação Socialista das Américas.

Máfia do PMDB-RJ no Governo e na Prefeitura do Rio intensifica perseguição política aos movimentos sociais e de trabalhadores

Texto publicado no blog do Coletivo Lênin, corrente membro da FCT


Um conluio de Estado organizado pelo Poder Executivo alicia TRJ, TRT, Polícia Militar e Delegacia de Repressão à Crimes de Informática da Polícia Civil (DRCI) na repressão e perseguição política à manifestantes, lideranças de categorias grevistas e movimentos sociais no Rio de Janeiro.

Desde as manifestações de junho de 2013, antes mesmo de se tornarem de massas, a máfia apoiadas pelas milícias para-militares ligada ao PMDB e instaladas no Governo e na Prefeitura do Rio já vinha perseguindo de forma criminosa os estudantes e trabalhadores manifestantes, e posteriormente ampliou-se a perseguição aos professores garis, servidores e operários do COMPERJ grevistas, através agentes da PM e delegados da Policia Civil com o apoio de alguns juízes reacionários do TRJ e do TRT, como o juiz Flávio Itabaiana e o Delegado Alessandro Thiers da DRCI, todos ligados aos interesses dos governos do PMDB-RJ de Cabral-Pezão-Paes.


Inicialmente em 2013, usavam da PM e do serviço secreto da P2-PMERJ para criar falsos flagrantes e falsos testemunhos além instalação de provas forjadas para obter prisão imediata de manifestantes e professores grevistas entre junho de 2013 e fevereiro de 2014. Nessa época, o jovem sem-teto e catador de lixo Rafael Braga foi a primeira vítima da repressão, preso e julgado por supostamente "portar artefato explosivo", que no entanto era uma garrafa de pinho-sol.

Foi também em Setembro de 2013, na manifestação de mais de 60 mil pessoas em defesa da greve dos professores estaduais e municipais contra o governo, que mais de 100 pessoas foram presas, entre professores e apoiadores, e levados para a prisão de Bango. Logo a maioria foi solta, por não haver qualquer embasamento jurídico para as prisõe da PM. No entanto o companheiro Jair Baiano, da Frente Internacionalista dos Sem-Teto(FIST), foi mantido em cárcere até o fim de 2014, depois de uma campanha inicia pela FIST, FARJ e Coletivo Lenin junto com o advogado popular André de Paula, que conseguiu desmascarar em juízo as falsas provas e testemunhos da PM.

Mas o pior da repressão veio a tona após a manifestação massiva do Rio contra o aumentos das Passagens, em fevereiro de 2014, quando morreu o cinegrafista da Rede Bandeirantes veio a morrer acidentalmente. Na época muitas fotos e imagens acusavam um projétil da PM ter atingido a o cinegrafista, depoimento inclusive de um jornalista da Globo ao vivo denunciava este evento mas foi retirado do site oficial da emissora. Após isso, a PM e a Policia Civil reuniram provas suspeitas para prender dois garotos, supostamente black-blocs. Naquele momento, um advogado muito suspeito, que anteriormente defendeu milicianos acusados pela CPI das Milícias no Rio( organizada pelo PSOL e que resultou na prisão de muitos policiais milicianos), apareceu para defender os garotos, e aí começou através dele uma serie de denuncias que supostamente "ligavam" parlamentares do PSOL como Marcelo Freixo e Renato Cinco, além de sindicatos progressistas como SEPE e SINDISPETRO-RJ e movimentos sociais como FIST, como financiadores dos "atos de vandalismo e violencia black-block" pela cidade do Rio. Essa a primeira tentativa armada do Governo Cabral/Pezão de perseguição de partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais.

Então, após uma ampla campanha corporativa de toda a mídia burguesa contra as manifestações criando uma comoção pública pelo cinegrafista morto na Central do Brasil com o objetivo de desgastar o apoio do povo do Rio às manifestações, veio a público pela Rede Globo, com direito a matéria especial no Fantástico e no JN, a "investigação" da DRCI da Policia Civil do do Rio, que mostrou todo um inquérito contra professores grevistas e manifestante de Junho de 2013 à Fevereiro de 2014. Nesta "peça de investigação", na verdade uma grande armação do Governo, eles coletaram gravação de telefone, mensagens de email, Facebook e Whatsapp, onde estudavam os movimentos e partidos de esquerda integrantes do Forum de Lutas do Rio de Janeiro e posteriormente a Frente Independente Popular (FIP- racha do Fórum de Lutas organizado pelo MEPR com os grupos anarquistas) .

Essa peça de inquérito do DRCI, instituição da polícia civil agora conhecida no meio da esquerda do Rio como novo DOPS, foi a base para uma serie de prisões em massa ocorridas na final da Copa do Mundo em junho de 2014, com mandados de busca e apreensões e acusação de vários militantes por "formação de quadrilha ou bando armado". Mais de 26 pessoas tiveram prisão decretada. Até mesmo a Sininho, que foi capa da Veja e que já estava muito afastada dos movimentos sociais do Rio devida a exposição midiática, foi presa em Porto Alegre pela Policia Civil e trazida para Bangu no Rio, tudo com uma cobertura sensacionalista da Rede Globo. Muitos militantes conseguiram escapar da escalada repressora, mas os que foram presos foram libertadas um mês depois apenas por habeas corpus concedido pelo juiz progressista Siro Darlan. Porém mesmo libertados, 23 militantes ainda responderiam ao processo baseado no inquérito da DRCI. Ficaram presos somente Fabio Raposo e Caio Silva.

O Juiz progressista Siro Darlan foi uma pedra no sapato do Governo reacionário, mas facilmente substituído pelo reacionário Flavio Itabaiana. Com este novo desembargador, fechado com os organismos de repressão do governo, a DRCI mais uma vez atacou. Usando um artigo do habeas corpus de Ciro Darlan que sujeitava a liberdade dos presos ao passo de não promoverem mais manifestações de rua, os delegados da DRCI expediram ordem de prisão para 3 militantes, Igor Mendes do MEPR, a Sininho e a Karlayne da FIP, que estiveram presentes numa manifestação simbólica na Praça da Cinelândia em defesa da libertação de Caio Silva e Fabio.

Desde de dezembro de 2014, mais de 23 pessoas estão sendo perseguidas baseadas no inquérito da DRCI, sendo que Igor Mendes do MEPR se encontra preso junto com Caio Silva e Fabio Raposo, e Sininho e Karlayne são tratadas como foragidas pela polícia política do governo do PMDB.

Greves dos professores, greve dos garís e greve dos operários terceirizados da Petrobrás no COMPERJ no Rio: um histórico de repressão e de luta.

Além da perseguição os movimentos e protagonistas das manifestações contra o aumento das passagens no Rio, entre junho de 2013 até dezembro de 2014 (ultima prisão política do Igor Mendes do MEPR), a PM, o DRCI e o TRT também trabalharam juntos na tentativa de destruir as greves de base de varias categorias, desde 2013.

Após junho 2013, no embalo das manifestações, estoura a greve dos professores do Estado e do Município do Rio de Janeiro. Desde o inicio, foi uma greve com muita adesão de uma base de professores extremamente revoltados com as péssimas condições de trabalho nas duas redes de ensino. Dessa forma, essa veio a ser no rio a primeira categoria cuja base atropelou a direção do sindicato(SEPE), então formados pelo PSOL e PSTU e alguns militantes do PT. A greve dos professores mobilizou milhares de profissionais, que desde o inicio fizeram grandes manifestações na Presidente Vargas e na Rio Branco, e também desde o inicio reprimidos pela PM de forma violenta. Essa repressão teve no fim o mesmo efeito das manifestações em junho de 2013, apenas aumentou ainda mais adesão e o apoio a greve, e levando também os servidores da saúde a entrarem em greve, no fim culminando com uma grande manifestação com pelo menos 60mil pessoas em setembro de 2013, cujo fim foi uma violenta repressão da PM, e infestado de P2 do serviço secreto da Secretaria de Segurança Pública. A fato do governo não recuar depois de mais de 3 meses de greve, deu força para a direção do SEPE, composta pelo PSOL e PSTU, manobrar uma assembléia e desmontar a greve. No entanto, durante esta greve, os investigadores da DRCI, liderado pelo delegado Thiers, estavam muito atentos aos professores e estudantes anarquistas e maoístas que se organizavam também na FIP, apenas capturando imagens e grampeando dados das redes sociais.

A primeira greve vitoriosa veio de onde menos se esperava. Em pleno carnaval do Rio em Fevereiro de 2014, estoura a mais bela, combativa e heróica greve do Rio dos últimos 15 anos: a greve dos garis. Depois de mais de 5 anos de perdas de direitos, benefícios e salários defasados e 30 anos sem greve, os garis atropelaram o sindicato pelego da UGT, com a direção formada por políticos da PTB que compões a base de apoio do governo municipal e estadual do PMDB. Também desde o início a greve fo considerada ilegal pelo TRT do Rio, em conluio com a prefeitura. Mas em uma semana, os garís aprenderam a fazer uma comissão organizadora independente do sindicato pelego que tentou manobrar a greve, fizeram piquete organizado em três turnos seguido de manifestações diárias desde a sexta feira de carnaval até o sábado depois da quarta-feira de cinzas em quase todas as gerências da Comlurb do Rio, enfrentaram a tropa de Choque, o serviço secreto da P2 infiltrado, a PM que os forçava a trabalhar na marra, a perseguição de supervisores e gerentes, mensagens por SMS ameaçando demissões, a difamação da Globo, do sindicato, da Comlurb e da Prefeitura, todos que afirmavam que eram apenas 300 "rebelados ligados a interesses partidários". Mas a repressão e as negativas de negociações da prefeitura apenas fez aumentar o número de garis que aderiram à greve. No fim, após um carnaval sem sistema de recolhimento de lixo, com uma cidade com montanhas e mais montanhas de lixo e a possibilidade de chuva, a prefeitura cedeu e concedeu os 37% de aumento de salário que corrigia a defasagem de 5 anos, além de aumento nos vales de alimentação e o retorno do anuênio. Mas logo após o fim da greve vitoriosa dos garís, muitas lideranças de base e que compuseram a comissão organizadora da greve passaram a ser perseguidos pela Comlurb com transferências para gerencias distantes dos locais de moradias perseguição política dentro da empresa. Nessas condições, partidos como PSTU e PSOL que nunca estiveram na greve durante o carnaval, conseguiram cooptar alguns membros da comissão de greve e representantes da base da categoria, que viram nesses partidos uma espécie de apoio. Essa greve serviu de exemplo para os trabalhadores do Rio e do Brasil, e abriu uma série de greves de diferentes categorias que se rebelaram contra o sindicato e que tocaram greves por reajustes acima da inflação durante todo o ano de 2014.

Em março 2015 mais uma vez os garis entram em greve para reivindicar um reajuste de 7,7% correspondente a inflação, contra os 3% da prefeitura. Mais uma vez ocorre uma semana de greve, sem apoio dos sindicatos, sem recolhimento de lixo, desde o inicio considerada ilegal pelos juízes da panelinha do PMDB no TRT, e com muita perseguição dentro e fora da empresa com um aparato policial PM ainda mais organizado para impedir os piquetes nas gerencias da Comlurb. Mas ainda sim, mais uma vez a greve saiu vitoriosa com a afirmação do reajuste acima da inflação. No entanto desta vez a perseguição após a greve foi ainda mais intensa. O Delegado Alessandro Thiers, a frente da DRCI, assim como fez com os militantes dos movimentos de junho de 2013 a junho de 2014, expediu intimações para todas as lideranças da greve, com a acusação de "Formação de Quadrilha e Bando", e infelizmente vão passar a responder processo criminal.

 Por fim, estourou a greve dos trabalhadores terceirizados do Comperj, complexo petroquímico em construção para a Petrobras, em Fevereiro de 2015. Com a intensa campanha da burguesia pró-imperialista contra a Petrobrás, através das investigações de agentes da PF do Paraná e do MP com apoio do Juiz estrelinha da Globo Sérgio Mouro a ampla campanha da Globo e da Veja, a Petrobras simplesmente paralisou muitos contratos de serviços com empresas terceirizadas, sendo uma delas a empresa responsável pela construção do Comperj. Assim a empresa terceiriza passou para as costas dos trabalhadores a crise gerada pela burguesia para paralisar a Petrobrás, e fez os operários passarem 3 meses sem receber salário e sem receber o 13º de 2014 além já ter demitido milhares de trabalhadores sem ar baixa na carteira e sem recisão, e que agora se somam aos 15 mil desempregados do pólo industrial petroleiro da Rio de Janeiro.

Os 3 mil trabalhadores restante junto com alguns dos demitidos então começaram o movimento de greve, e atropelaram o sindicato pelego da Força Sindical que supostamente os representava enquanto terceirizados, reivindicando a 10% de reajuste e a baixa na carteira e o pagamento da rescisão dos demitidos, e muitos passaram a se organizar com o apoio do Sindspetro-RJ que é dirigido por uma fração de esquerda do PT, PSTU e correntes do PSOL. Nesta greve eles enfrentaram as milícia para-mlitares da região que atuaram em conjunto com o PMDB contra a greve. Mais uma vez o TRT prontamente apoiou o governo contra a greve, julgando-a como ilegal e "abusiva", assim como os garís.

No entanto desta vez, os operários tomaram a medida mais radical contra essa arbitrariedade dos juízes do TRT: Fizeram uma marcha que saiu do meio da Ponte Rio-Niterói até a sede do TRT no centro do Rio, e lá ficaram ocupados até que suas reivindicações fossem atendidas, enfrentando inclusive Tropa de Choque do governo, já amplamente conhecida como os "Robocops do Pezão". No fim, a greve saiu parcialmente vitoriosa, pois conseguiu um reajuste de 7,13% para os 3mi trabalhadores ainda em operação, mas não conseguiu reverter as demissões conseguindo no máximo o pagamento das rescisões de contrato e dos FGTS após a liberação da carteira de trabalho presa pela empresa terceirizada.

Lições da repressão no Rio de Janeiro

De 2013 para 2015, o governo PMDB do Rio tem se tornado mais violento contra os movimentos sociais organizados e movimentos grevistas em geral. Também cresceu assustadoramente o militarismo e a violência da PM das UPPs nas favelas, com o crescimento de sumiços e assassinatos de moradores, geralmente negros e pobres, como o caso Amarildo, Cláudia, o dançarino DG e este ano o menino Jesus morto no feriado de páscoa. Está em curso um verdadeiro genocídio negro nas favelas, ao mesmo tempo que acorre o crescimento da criminalização e repressão aos movimentos sociais organizados.

Com o apoio do TRE, TRJ, do MP, além do trabalho de repressão física da PM em conjunto com a nova DRCI da Polícia Civil para enquadrar como "bando" ou "quadrilha" os movimentos sociais organizados, será necessário à esquerda no Rio dar um novo salto de qualidade e recriar uma Frente Única para tocar as lutas em conjunto, como foi o Fórum de Lutas em 2013, mas ainda mais organizado. È ainda mais necessário estar atento à política de monitoramento dos serviços de inteligência da PM e da Polícia Civil que constantemente estão utilizando gravações de telefone, mensagens de Facebook e Whatsapp para supostamente formar supostas "provas" em inquéritos policiais visando a criminalização de militantes de esquerda organizados em grupos, movimentos, partidos e sindicatos de esquerda.


Para além disso, nós do Coletivo Lenin, integrante da Frente Comunista dos Trabalhadores, acreditamos que é necessário a criação e uma Frente anti-fascista e anti-golpista no Brasil, como forma de barrar novas investidas golpistas do Imperialismo no Brasil e na América Latina, e que para tal investida, vem utilizando de grupos neofascistas, supostamente liberais-economicos mas de natureza política reacionária anti-operária e anti-comunista. Devemos estudar os movimentos dos serviços de repressão, e comparar seus movimentos com os que ocorreram antes e depois dos golpes no Egito, Ucrânia ou mesmo o Paraguai, para estarmos um passo a frente da burguesia e seus instrumentos de repressão.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

MELHORES MOMENTOS DA ESQUERDA GOLPISTA!

                             por Rodrigo do Ó, do Coletivo Lênin


Existem setores da esquerda que adoram apoiar qualquer tipo de movimento de massas, independente do conteúdo político. Por isso, muitas correntes por aí apoiaram a derrubada do Kadafi com apoio da OTAN, a Irmandade Muçulmana na Síria, o golpe militar egípcio, o golpe de direita na Ucrânia etc. Se é assim no exterior, não poderia deixar de acontecer a mesma coisa no Brasil. Então, vamos mostrar aqui os melhores momentos das organizações de esquerda que participaram dos atos da direita contra a Dilma, no dia 12 de abril.




1) PSTU

Dessa vez, o prêmio não vai para o PSTU. Com medo de se queimar mais do que já tá queimado, o partido levantou a palavra de ordem "Chega de Dilma, PMDB, PSDB etc", que não quer dizer nada, só pra não dizer que não chamou o Fora Dilma. Além disso, de forma incoerente com a sua política, não participaram dos atos da direita. 



2) Movimento Negação da Negação

Se o PSTU não teve coragem de levar à conclusão lógica a sua política de que o PSDB e o PT são a mesma coisa e chamar Fora Dilma do mesmo jeito que já chamou Fora FHC, o MNN não teve medo de se misturar com a direita na palavra de ordem. Mas só na palavra de ordem, porque eles não tiveram coragem de ir aos atos e apanhar como pessoas com camisa vermelha, até de times de futebol, apanharam



 3) Movimento Revolucionário Socialista

Mais corajoso que o MNN, o MRS deu uma aula de morenismo para o PSTU. Eles foram para as manifestações, como mostra a foto abaixo, chamando "trabalhadores ao poder" diante da base predominante de classe média e militares. Por algum motivo que a gente não consegue nem imaginar, eles não usaram camisas vermelhas e não tem nada falando em socialismo nos cartazes.



4) MEPR 



Mas os vencedores são os nossos queridos companheiros do MEPR, que participaram do ato em Belo Horizonte. Também sem bandeiras vermelhas, eles criticaram não só o governo como as viúvas da ditadura, assim emblocando com o Movimento Brasil Livre, que também considera que os manifestantes pró-ditadura queimam o movimento golpista. Estranhamente, na lista de partidos que eles mencionam, falta o PSDB. Mas não podemos dizer que o MEPR não é coerente. Bota gente na rua pela derrubada do governo do PT e não condena ataques à sede do PSTU, mas tenta ganhar o respeito da classe média anti-PT, militares e da "média burguesia", que eles consideram aliados da revolução de nova democracia.                                                                                   

Depois de rir muito com essas fotos, nos resta tentar entender como esses setores podem chegar a posições tão absurdas. Nós do Coletivo Lênin acreditamos é que falta de contato real com a classe trabalhadora e falta de compreensão do método marxista de análise da sociedade. Por isso que nós, do CL estamos construindo a Frente Comunista dos Trabalhadores, que agrupa revolucionários que estão atuando nos movimentos (metalúrgicos, sem-tetos, professores etc) com a perspectiva de uma frente antifascista, anti-imperialista e anti-golpista!


quinta-feira, 16 de abril de 2015

A rua é do povo!!!


Crônica de um ato
                                                                     por Mário Medina
Aqui ninguém posa pra selfie com quem massacra nosso povo- dizia o cartaz de uma moça.
Ué, a Globo News não tá transmitindo nosso ato ao vivo? Como assim, Rede Globo?- ironizava Boulos do alto do imenso carro de som.
Garoava, uma garoa ora fraca ora forte. Quando aumentava, parte da multidão se abrigava debaixo dos poucos toldos às margens do Largo da Batata. Muita gente, muita gente mesmo, cerca de 40 mil pessoas, várias centrais sindicais, vários partidos da esquerda, até o PSTU tava lá... Muitos jornais circulavam, várias baterias animavam os manifestantes. No carro de som se revezavam representantes de todas as matizes da esquerda, presidentes de centrais e grandes sindicatos, políticos, figuras públicas, etc... Greve geral e unidade da esquerda eram consenso entre os oradores.
A passeata saiu debaixo de chuva.. Tomou a Faria Lima e entrou à esquerda na Rebouças.
Canta, canta, minha gente, deixa a tristeza pra lá, canta forte, canta alto, que a vida vai melhorar- cantava a massa de manifestantes do MTST. Atrás vinha uma interminável sequência de fileiras partidárias.
Hey, coxinha, vai bater panela!!!- gritava a multidão. A chuva foi apertando gradativamente. Na metade da Rebouças uma chuva torrencial me fez buscar abrigo na entrada de um estacionamento. Outros companheiros tiveram a mesma ideia e em pouco tempo havia dezenas de pessoas amontoadas ali.

-Você é do MTST?- perguntei a um homem do meu lado
 - Sim, assentamento tal.
- E onde fica esse lugar, cara?
- Pra lá do Jardim Ângela.
- Porra, é longe hein, camarada.
- Mais de duas horas pra chegar lá.
- Me diz uma coisa: como é o assentamento lá, companheiro? Vocês tão construindo lá?
- Não, é tudo barraco de lona.
- Ah é, sem piso, sem nada?
- Não, a gente faz um piso de cimento queimado.
- Hum... entendi.
A chuva parou e eu retomei a marcha Rebouças acima, na retaguarda da multidão. E, pra minha surpresa, o ato saia da Rebouças pra pegar um caminho alternativo pelas ruas do Jardim América, reduto elitista da região. De dentro das lojas de grife e dos cafés elegantes, burgueses atônitos olhavam o povão tomar as ruas. Um povo sofrido, judiado pela vida, alguns não muito bem vestidos, outros desdentados, crianças meio desgrenhadas, bichos grilos como eu, de chinelo de do, etc, mas um povo de luta, combativo, em movimento constante pra se desgarrar das amarras impostas pelo capital.
pl terceirização 15 de abrilEsse povo subiu triunfante a rua Augusta. Verdade que algumas senhoras idosas tiveram que parar pra respirar e assim transpor a cansativa ladeira que dava na Avenida Paulista. A passeata ainda passou pelo MASP e foi acabar na frente do prédio da FIESP, diga-se de passagem, muito bem protegido por dezenas de policiais.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Criar poder popular!!!

                                                                                                               por Mário Medina
O 12 de Abril tucano-direitista foi um fiasco.  A direita não sabe mesmo fazer manifestação. O 15 de Março impressionou a muitos, com mais gente na rua que no Fora Collor, mas não teve a continuidade necessária pra barganhar com o parlamento o impeachment de Dilma.
Tive a impressão que os manifestantes de agora conformam um grupo de direitistas mais empedernidos. Basta ver que Bolsonaro foi ovacionado no ato da Avenida Paulista, mesmo lugar onde a truculenta tropa de choque da PM posava para selfies com manifestantes.
Se no ato do mês passado ainda havia alguns eleitores de Dilma indignados com as políticas de austeridade pós vitoria eleitoral, nesse ato só sobraram os que flertam mais de perto com a agenda tucano-direitista, uma turma que não está em disputa por assim dizer. Não foi à toa que o Planalto comemorou o fiasco, e os ministros mais próximos de Dilma julgam que o momento mais crítico passou.
A direita colocou multidões na rua a troco de meses de articulação e organização políticas. Isso não bastou pra derrubar o governo eleito. E, na tentativa de ao menos manter as multidões em ordem de batalha para continuar com as esperanças golpistas, mostrou sua debilidade.
Amanhã, dia 15, haverá atos da esquerda contra as medidas antipopulares do governo e contra o avanço conservador. E, todos verão, que com muito menos esforço a esquerda põe a direita no chinelo.
Mas isso também não nos basta, porque colocar a esquerda na rua vez ou outra não nos impede de ver o governo petista cassar nossos direitos de classe conquistados a duras penas por gerações e gerações de lutadores sociais.
Não nos basta desmoralizar a direita nas ruas. É necessário avançar na organização política da esquerda e da classe trabalhadora pra desmoralizar a direita por completo. Esse governo Dilma é o retrato da direita mais funcional no momento. Existem setores da direita que desejam ardorosamente o impeachment da gestão que aí está, mas existe toda uma gama de rentistas e patrões que estão muito satisfeitos com os serviços prestados por Dilma.
Alias, os golpistas nem precisam mais derrubar Dilma formalmente. O golpe já esta sendo dado. É só notar que Dilma perdeu o congresso para o PMDB, perdeu o senado para o PMDB, entregou a articulação política ao vice-presidente Michel Temer, também do PMDB, lançou mão de uma política de ajustes fiscais que faz inveja aos ideais tucanos, etc. Derrubar Dilma agora seria mera formalidade.
Agora o PT vai sair desgastado, de modo que ate Lula terá grandes dificuldades pra ganhar as eleições de 2018. Notem a indicação de Obama para que Lula seja o novo presidente da ONU. A jogada é tirar Lula do páreo em 2018 e pavimentar a derrota eleitoral do PT. O PT é deposto aqui mas leva a ONU como prêmio de consolação por seus bons serviços prestados ao imperialismo.
A esquerda precisa endurecer contra as forças da reação,  precisa abandonar os lapsos governistas, precisa romper com as ilusões reformistas. Não podemos nos acomodar pensando que não temos alternativas reais de poder. O poder popular tem de ser construído nas lutas, em comitês de fabrica, em comitês populares nos bairros operários. A tarefa agora é construir a unidade da esquerda e barrar o avanço da direita.

Como os camaradas do Comitê Paritário tem dito, é preciso criar uma frente antifascista e antigolpista, inclusive com os partidos governistas, pra evitar o mal pior do golpismo e suas possíveis implicações contra a classe trabalhadora, mas sem nutrir nenhuma expectativa no PT, pontuando bem as diferenças programáticas, sem se confundir com a defesa ao governo criminoso de Dilma. Ter clareza disso é essencial pra nos afastar tanto do sectarismo, do diletantismo ultra-esquerdista, como do governismo capitulador.

sábado, 11 de abril de 2015

Terceirização, ofensiva neoliberal contra os trabalhadores

                                                                        por Joycemar Tejo, do Espaço Marxista

Um dos sintomas da ofensiva neoliberal dos últimos anos -que, no Brasil, não só não estancou como em muitos aspectos recrudesceu, sob os governos do PT- é o ataque impiedoso aos direitos trabalhistas, sob rótulos eufemísticos como "terceirização" e "flexibilização". Tal ataque objetiva não só a piora de direitos existentes (como as novas regras de seguro-desemprego no início deste ano) como a transferência das relações de emprego da alçada legal para a alçada meramente contratual, onde o "negociado" pode vigorar sobre o "legislado", dentro da mais perfeita "liberdade contratual" entre as partes.

Apenas um imbecil, contudo, senão um mau caráter, pode afirmar que há "liberdade" de contratar entre patrão e empregado. Há claramente dois pólos de forças desiguais. Enquanto o trabalhador necessita vender sua força de trabalho, seu único recurso, no desiderato elementar de sobrevivência, o empresário, detentor dos meios de produção -o que já lhe dá vantagem sobre o empregado- objetiva o lucro e, para tanto, quanto mais extrair da força de trabalho comprada, melhor. Cientes desse descompasso, os ordenamentos jurídicos do mundo têm, desde o século XIX, obrigados a ferro e fogo pelas lutas e reivindicações da classe operária, garantido aos trabalhadores direitos que possam atenuar a exploração patronal. Tais direitos de cunho trabalhista são tradicionalmente considerados dentre os direitos sociais, constituindo, dada sua relevância, direitos humanos (ou fundamentais) de 2ª dimensão (sendo os de 1ª dimensão, ordem apenas cronológica, as liberdade clássicas oriundas das revoluções liberais/ iluministas).

A retirada ou o mero enfraquecimento de tais direitos constitui literalmente um retrocesso histórico, portanto. Tal "liberdade contratual" é mentirosa: o que se esconde por trás da falácia é a intenção deliberada de se favorecer o patronato que, liberto das amarras legais, pode contratar conforme entender -isto é, conforme sua conveniência econômica-, e o trabalhador que aceite "se quiser". O famigerado exército de reserva de desempregados típico do neoliberalismo está aí para isso, de modo que, caso o trabalhador não aceite condições rebaixadas, há quem aceite, pois é preciso comer (mesmo que o mínimo!) para sobreviver.

Um novo capítulo dessa cruel investida estamos vendo no Projeto de Lei 4.330 de 2014, que pretende "regulamentar" a prática da terceirização no País, que atualmente só é permitida em atividades-meio, conforme o enunciado nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho (que dispõe, explicitamente, que "a contratação por empresa interposta é ilegal"). Caso o projeto seja aprovado, toda terceirização será admitida, inclusive no que tange a "atividades inerentes" (isto é, atividades-fim) da empresa contratante, sem que seja criado vínculo trabalhista entre a contratante e os empregados da prestadora de serviços. É a legalização, portanto, da precarização e da instabilidade das relações de emprego, haja vista a evidente facilidade de se burlar obrigações trabalhistas através da utilização das empresas interpostas. Além disso, a remuneração atual de terceirizados já é quase 30% inferior a de empregados regularmente contratados, conforme dados do DIEESE, de modo que é muito cômodo ao empresariado utilizar tal expediente mais "econômico", em prejuízo do trabalhador e de seu sustento.

Os canalhas da Câmara têm pressa de aprovar a medida, tendo sido aprovado o caráter de urgência da votação, num dia em que a feroz repressão se abateu contra os manifestantes que protestavam. É claro que têm pressa, pois se trata do interesse de seus lobbistas e doadores de campanha. Nesta quarta (8) o mérito da votação é retomado, e é preciso que a classe trabalhadora combata resolutamente esse ataque aos seus direitos.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Nota de rompimento


por Mário Medina

Há quase dois anos atrás fiz a fusão do protótipo de organização revolucionária que vinha idealizando, a TR, com os companheiros do Coletivo Resistência, da Bahia, e a companheira Beth Monteiro 1, do Rio de Janeiro. Passamos então a conformar uma só corrente com o nome de Resistência Popular Revolucionária, soltamos nota pública a respeito e tentamos, inclusive, inscrever uma tese no congresso nacional do Psol em Junho/ Julho daquele ano. A partir de então seguimos com a construção da organização.
Não quero entrar em pormenores, detalhar os percursos históricos de nossa corrente. O que me importa aqui é publicizar meu rompimento com a organização, por divergências na linha política que tenho aplicado a frente do blog, que era adminmistrado por mim anteriormente, e que agora passo a administrar como meio de comunicação da TR, que retomo como protótipo de organização revolucionária, haja visto que só tenho mais um militante comigo em São Paulo.
Mas, resumidamente, importa dizer que os companheiros da Bahia discordam da participação na frente com as organizações do Comitê Paritário, e que tem uma análise de conjuntura nacional um pouco diferente da minha. Importante dizer que nem todos os companheiros de lá reivindicam o trotsquismo. Falha minha não ter conseguido me organizar com os companheiros no sentido de lhes oferecer uma formação teórica consistente e nem mesmo lograr uma articulação política que nos permitisse uma rígida centralização. Essas são autocríticas que tenho a fazer agora.
Volto então a reivindicar a TR, e esse blog será reconfigurado como blog da TR.

Aos companheiros da RPR desejo boa sorte. Rompo amigavelmente e torço, que, para o bem da esquerda brasileira, possamos estar juntos em muitas lutas.


nota
1- Beth Monteiro pediu afastamento de suas funções na corrente no início desse ano.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Unificar a esquerda e ganhar as ruas!!!

                                                            por Mário Medina


Complicado ser militante da  esquerda revolucionária no Brasil. Os coxinhas e os ultraesquerdistas nos acusam de governistas. Os governistas, os petistas, etc, nos acusam de conspirar com a direita, ou nos chamam de extremados, de utópicos.
Mas pra fazer política revolucionária importa analisar com frieza a conjuntura e optar pelo caminho mais favorável à classe trabalhadora. E muita gente que se diz de esquerda parece bem mais preocupada com a impressão alheia do que com qualquer outra coisa.
Mas, verdade seja dita, a despeito da confusão geral, a esquerda continua extremamente fracionada e a crise de direção é cada vez mais patente no seio da nossa classe.
Nós, da RPR, por exemplo, somos filiados ao Psol, que é composto por um grande número de correntes, que, em comum, só tem mesmo a legenda partidária, porque cada uma é filiada à uma central sindical diferente. Todas elas encasteladas em seus aparelhos sindicais, bem como PSTU, PCB, PCO, etc.
Os fascistas avançam nas ruas e no parlamento, cooptam o governo cada vez mais, que por sua vez esfola o povo com mais austeridade... e o que a esquerda tem feito? Muito pouco.
É preciso fazer uma autocrítica aqui, aparar arestas e compor unidade pra frear o ascenso da direita. Ou a classe trabalhadora terá de amargar ainda mais retrocessos. É por isso que reiteramos o chamado do Comitê Paritário à uma frente única antigolpista e antifascista; é por isso que endossamos a necessidade de um ato de unidade da esquerda no próximo dia 15, pra fazer frente aos golpistas, ao mesmo tempo que rechaçamos esse governo entreguista e submisso de Dilma e PT.
Não se trata de defender Dilma do impeachment, mas de pontuar que esse impeachment do PSDB-PMDB, defendido veementemente pela elite branca desse país, não nos contempla, que esse impeachment abriria precedentes ao golpismo.
É preciso sair às ruas, pintar às ruas de vermelho, construir alternativas de poder popular, ganhar a consciência das massas e barrar todos os ataques dos traidores do PT.
Se é pra chamar Fora Dilma, então que haja Fora Alckmin em São Paulo; Fora Pezão no Rio, Fora Richa no Paraná, etc, etc.
Não queremos Dilma, mas também não queremos Michel Temer presidente, não queremos a oposição de direita empoderada. Isso é tão lógico, meu Deus. Por que não existe essa clareza?
Ninguém aqui está conformado com tarifaços, retirada de recursos da educação e da saúde, retirada de direitos trabalhistas. Queremos e vamos pra cima do PT e do governo, mas não são só as cabeças petistas que tem de rolar. É preciso ganhar a massa na rua e varrer o Brasil da politicagem burguesa.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

APÓS 9 DIAS DE GREVE, GARIS DO ABC OBTÉM GRANDE VITÓRIA

                                   por Erwin Wolf, da Liga Comunista


Lixo acumulado nas calçadas de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo marca uma semana do início da greve dos catadores nas cidades do Grande ABC e também no interior; categoria de garis e lixeiros afirma que 70% dos serviços estão funcionando e pede rea (Foto: Carla Carniel/Frame/Estadão Conteúdo) O Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviço de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Manutenção de Áreas Verdes Públicas e Privadas (com base territorial nas sete cidades - Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) celebrou acordo de reajuste de 9,5% (a categoria reivindicava 11,73% e os patrões ofereciam 7,68%); 90 dias de estabilidade no emprego; pagamento integral dos dias parados e compensação de, no máximo, 50% das horas. "Também ficou acordado entre o sindicato e empresas que, para o ano que vem, a categoria terá aumento real de 1%, o que significa que os salários serão reajustados conforme a inflação do período e, obrigatóriamente, acrescidos do percentual de reajuste combinado." (Diário do Grande ABC, 01/04). O serviço será normalizado em prazo de até duas semanas.
Ainda segundo o Jornal, "De acordo com Maranhão, os valores alcançados pela categoria no Grande ABC podem ser aplicados em outras localidades de São Paulo. "A região contribui para a melhoria das condições de trabalho em todo o Estado. O acordo visto por aqui pode colaborar para outras cidades que enfrentam paralisações."