por Mário Medina
A RPR publicou na íntegra o texto do Tejo sobre frente única
antigolpista. Eu não tô fugindo da tarefa de construir essa frente.
Pelo contrário, estou aqui com vocês e com os demais companheiros de CP,
participei das atividades da frente pelas reformas populares, etc.
Com
relação ao meu último artigo, a resposta é simples: um artigo é muito
pouco pra se escrever a respeito de tudo. Acho, inclusive, que os
artigos do CP se complementam. Se tenho acordo com o Tejo, PRA QUE VOU
ESCREVER A MESMA COISA? Isso é óbvio, camaradas. Quanto às frases que vocês
destacaram do meu texto, digo que posso responder com outros trechos
dos mesmos artigos, ou de alguns artigos anteriores. É que vocês pareceram
selecionar o que aparentemente favorece sua tese de que igualo PT e
PSDB.
O que tenho dito é que o PT por um tempo e, inclusive agora,
operou e opera como uma direita funcional. É o maior referencial de
esquerda dos últimos tempos, tem sua base popular, etc, mas renunciou às
lutas sociais pra gerir o estado burguês numa coalisão com determinados
setores da alta burguesia e das oligarquias. E, como vocês mesmos tem dito,
o PT aplica agora o programa derrotado nas urnas. Aécio, com poucas
diferenças, aplicaria a mesma linha de ajuste e austeridade. Marina também.
Não me oponho à conformação de uma frente única antigolpista com toda a
esquerda, inclusive com o próprio PT e o PCdoB, mas, repito, como vocês
mesmos disseram, que essa frente não deposita nenhuma esperança no governo
calhorda de Dilma.
O mesmo falo das eleições de Outubro. Sabíamos
perfeitamente que o que estava em jogo era a gerência de turno do estado
burguês. Sabíamos perfeitamente que Dilma, se eleita, trairia a classe
que a escolheu nas urnas.
Entendo seu posicionamento quanto à opção de
voto crítico em Dilma pra derrotar Aécio e Marina, que seriam mais
próximos dos EUA que do bloco eurásico e dos governos nacionalistas da
América Latina. Mas, pra nós, isso não teve peso suficiente pra superar
todos os outros pontos que nos convenceram de adotar o caminho do voto
nulo.
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