terça-feira, 24 de março de 2015

Resposta a Liga Comunista

                                                                por Mário Medina

A RPR publicou na íntegra o texto do Tejo sobre frente única antigolpista. Eu não tô fugindo da tarefa de construir essa frente. Pelo contrário, estou aqui com vocês e com os demais companheiros de CP, participei das atividades da frente pelas reformas populares, etc. 

Com relação ao meu último artigo, a resposta é simples: um artigo é muito pouco pra se escrever a respeito de tudo. Acho, inclusive, que os artigos do CP se complementam. Se tenho acordo com o Tejo, PRA QUE VOU ESCREVER A MESMA COISA? Isso é óbvio, camaradas. Quanto às frases que vocês destacaram do meu texto, digo que posso responder com outros trechos dos mesmos artigos, ou de alguns artigos anteriores. É que vocês  pareceram selecionar o que aparentemente favorece sua tese de que igualo PT e PSDB. 

O que tenho dito é que o PT por um tempo e, inclusive agora, operou e opera como uma direita funcional. É o maior referencial de esquerda dos últimos tempos, tem sua base popular, etc, mas renunciou às lutas sociais pra gerir o estado burguês numa coalisão com determinados setores da alta burguesia e das oligarquias. E, como vocês mesmos tem dito, o PT aplica agora o programa derrotado nas urnas. Aécio, com poucas diferenças, aplicaria a mesma linha de ajuste e austeridade. Marina também. 

Não me oponho à conformação de uma frente única antigolpista com toda a esquerda, inclusive com o próprio PT e o PCdoB, mas, repito, como vocês  mesmos disseram, que essa frente não deposita nenhuma esperança no governo calhorda de Dilma. 

O mesmo falo das eleições de Outubro. Sabíamos perfeitamente que o que estava em jogo era a gerência de turno do estado burguês. Sabíamos perfeitamente que Dilma, se eleita, trairia a classe que a escolheu nas urnas. 

Entendo seu posicionamento quanto à opção de voto crítico em Dilma pra derrotar Aécio e Marina, que seriam mais próximos dos EUA que do bloco eurásico e dos governos nacionalistas da América Latina. Mas, pra nós, isso não teve peso suficiente pra superar todos os outros pontos que nos convenceram de adotar o caminho do voto nulo. 
 

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