quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Maracutaias brasilienses... o que temos com isso?

                                                                                                  por Mário Medina

Corre à boca miúda no congresso nacional que Eduardo Cunha e Dilma estão entrando em acordo: Cunha não lançaria o rito do impeachment e Dilma articularia com outras forças para que o presidente da câmara não perca seu mandato.
E deve verdade. Não duvido. Todas as maracutaias que vem sendo consumadas por lá convencem de que esses politiqueiros são capazes de qualquer coisa para salvarem a própria pele.  Notem a reforma ministerial de Dilma, que entregou a pasta da saúde ao PMDB, e ofereceu a de Ciência e Tecnologia a um pau mandado de Cunha, tudo para tentar dissuadir os peemdebistas de incorrerem com o impeachment.
Verdade seja dita, o golpe já foi dado, e a vítima é o povo brasileiro, que, em meio a uma severa crise econômica, é obrigado a ver seus direitos se esvaindo por meio de um governo recentemente eleito, governo esse que jurou de pé junto estar ao seu lado.
Mas para Dilma e o PT é mais importante permanecer na presidência do que estar ao lado dos anseios populares. Lula se gabou ontem das pedaladas fiscais de Dilma terem servido para financiar os programas sociais; mas o que ele não diz é que isso só foi feito por ocasião do ano eleitoral, para que Dilma fosse reconduzida à presidência.
De todo o resto Lula faz tábula rasa. E quando a coisa fica muito preta pro seu lado, ele tira o corpo e critica, como se não tivesse nada com isso.
Agora todo mundo pia manso: PT, Lula, Dilma. E nesse embalo o governo eleito vai abrindo espaço para os picaretas do PMDB mandarem no país a seu bel prazer.
E o PMDB é aquela coisa, fisiologismo em forma de partido. Tudo pelo poder, tudo pela grana, tudo pelos ministérios, tudo pelos cargos comissionados, tudo pelos financiamentos e lobbys com empreiteiras.
A gente pensa que é a Dilma que manda no Brasil mas quem manda é a alta burguesia que financia o PMDB. São os banqueiros que deram milhões para que Cunha fosse eleito com mais de 200 mil votos no Rio; são os empreiteiros, são os latifundiários, agro-exportadores que matam índios e pobres no interior do país; os industriais que recebem dinheiro do BNDES e que demitem sem dó nem piedade ao anúncio de recessão e queda em seus lucros.
E com o Brasil destinando metade de seu orçamento pro arrolamento da dívida, temos que ver na tv os economistas pau mandados da Globo dizerem que as farras fiscais da Dilma é que quebram o país, afirmando que o ajuste fiscal é necessário.
E segue a cantilena: corrupção, lobbys, acordos espúrios, desemprego galopante, inflação nas alturas, etc, etc.
O que fazer diante da barbárie dos dias atuais, deitar na cama e chorar em lugar que é quente? A classe trabalhadora não tem tempo pra isso. O sujeito que madruga pra trabalhar e que passa o dia inteiro se esfolando pra colocar comida na mesa da família não tem culpa. Legítima a revolta de um cara desse ao ver a Dilma pedindo paciência na tv, ou ao ver que Cunha continua presidente da câmara mesmo depois de mentir na CPI, mesmo após ter suas contas na Suíça descobertas.
Aumenta a gasolina, aumenta o pãozinho, aumenta a cara de pau dos políticos. Só não aumentam os salários. Não aumenta a qualidade de vida. É aluguel pra pagar, conta da luz com ''reajuste'' de 40%, etc, etc
Assim fica muito difícil!!!



Nenhum comentário:

Postar um comentário