quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O SALÁRIO MÍNIMO DELES E O NOSSO

                                           por Beth Monteiro/ RPR, Rio de Janeiro
 

Com protestos contra os baixos salários marcados para esta quinta-feira, o presidente dos EUA, BARACK OBAMA, APRESSOU-SE EM AUMENTAR O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO EM CERCA DE 40%, alegando o aumento da desigualdade social.
O salário Mínimo nos EUA , que está em U$ 1,250 dólares, ficará num valor em torno de U$ 1.750,00.

JÁ O NOSSO SALÁRIO MÍNIMO SEGUIRÁ TÃO MISERÁVEL COMO SEMPRE, embora o dos EUA também não seja grande coisa. Entretanto, existe uma diferença enorme entre o deles e o nosso, que é de minguados R$ 678,00 (339 dólares) e  que, a partir de janeiro de 2014, será de R$ 722,90 (361 dólares). Enquanto o reajuste proposto pelo governo norte-americano, sob pressão dos trabalhadores, ficou em 40%, o SM brasileiro terá o mísero reajuste de 6,62%.

Talvez tenha faltado este item mínimo, ESSENCIAL PARA A SOBREVIVÊNCIA DE MILHÕES DE BRASILEIROS, principalmente aposentados e pensionistas do INSS, durante as jornadas de junho, em que várias reivindicações foram sendo incorporadas.
Considerando que muitos pisos salariais de categorias profissionais organizadas em sindicatos beiram ao Salário Mínimo, a reivindicação por um SM digno, que atenda o que está previsto na nossa constituição, seria uma reivindicação altamente mobilizadora.

Até quando milhões de brasileiros vão suportar esse SM humilhante?

Obama fez as declarações em Anacostia, um dos bairros mais carentes da capital, um dia antes de centenas de trabalhadores em restaurantes fast-foods, em mais de cem cidades americanas, em greve , marcarem uma grande manifestação contra os baixos salários.

Mensalmente, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula o preço da cesta básica em 18 capitais e estima o valor do salário mínimo necessário. Na última divulgação, referente ao mês de julho deste ano, o departamento estimou que o menor salário pago deveria ser de R$ 2.750,83 (ou seja, 4,06 vezes o mínimo em vigor atualmente, de R$ 678).

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