terça-feira, 1 de julho de 2014

Movimentos sociais repudiam caso de homofobia



DownloadAudiência pede fim da homofobia nas escolas

Nesta segunda-feira, 30/6, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) presidiu audiência pública contra homofobia, cujos motes foram o preconceito de que o aluno do Instituto Técnico de Barueri (ITB) Vítor Pereira foi vítima, e o assédio moral por que passa a professora Talita Jacobelis, que o defendeu.

Para Giannazi, a homofobia está presente em todos os ambientes, e pode ser constatada diariamente. O deputado lamentou ainda que muitas das ações e projetos em defesa dos direitos LGBT, ao serem encaminhados para aprovação, são barrados por bancadas conservadoras.

O caso

Vítor Pereira foi ridicularizado pelos colegas por meio de xingamentos escritos na parede de um dos banheiros do ITB, por ser homossexual e por ter utilizado batom na escola. Pereira procurou a docente Talita, que lhe indicou conversar com a coordenação pedagógica, mas foi repreendido pelo uso da maquiagem. Após sofrer novas agressões preconceituosas, o aluno procurou a diretoria, que não tomou nenhuma providência em relação ao caso e apoiou a postura da coordenadora.

O preconceito com o aluno motivou sua colega, Gabriele, a conversar com os representantes do Movimento Social Rua, que, junto com o Movimento Juntos, tomou a frente da luta de Pereira por justiça.

"Batonzaço"

A professora Talita Jacobelis falou da sua participação no caso de preconceito contra Vítor Pereira. A docente contou que houve repressão da diretoria em relação ao movimento que os alunos estavam preparando para apoiar o colega. Apelidado como "batonzaço", o ato em que todos os alunos iriam para a aula de batom foi desaprovado pela diretora da instituição, que ameaçou punir aqueles que tivessem algum tipo de participação. Talita disse que o seu interesse nesse caso é lutar pelos direitos humanos e a liberdade de todos.

Bill Santos, militante do movimento LGBT, falou que a audiência tornou-se um modo de apoiar Pereira e disse que o caso poderia não ter ocorrido se o Projeto Sem Homofobia tivesse sido aprovado. Santos contou que a docente Talita vem sendo excluída de reuniões de professores por apoiar o aluno.

Diversidade Sexual

A vice-presidente da Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia da OAB/SP, Raquel Macedo Rocha, discorreu que o preconceito não ocorre apenas no ITB, mas em todas as instituições de ensino. Raquel também falou que não há apenas discriminação contra os LGBT, mas contra todas as pessoas que não seguem o padrão de beleza imposto pela sociedade. A vice-presidente pediu a realização de debates sobre preconceito nas escolas, com a participação de familiares.

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