terça-feira, 9 de setembro de 2014

A VINGANÇA: PETISTAS QUE BATEM NOS QUE LUTAM HOJE, TAMBÉM PODEM APANHAR AMANHÃ

                                                                                 Por Beth Monteiro
COM AS JORNADAS DE JUNHO DE 2013 VEIO A REPRESSÃO TRUCULENTA E O SILÊNCIO CÚMPLICE DO GOVERNO DILMA. Se os manifestantes eram apartidários, desorganizados, anarquistas ou infiltrados, não interessa. Impossível mensurar a participação de cada grupo, organização ou partido naquelas imensas manifestações populares. Havia de tudo ali, e havia uma insatisfação geral.

Mas uma coisa é certa: todos os que participaram odiaram aquela repressão absurda e descabida. Culpa dos Black Blocs? Muito simplismo pensar assim. Eles quebravam vidraças, colocavam fogo em lixo e faziam barricadas nas ruas, mas não mataram ninguém. Faziam isto na cara da polícia que nunca se deu ao trabalho de intervir. Estes podiam parar qualquer ato mais radical, mas não o fizeram, preferindo prender e condenar ativistas pacíficos que lutavam por direitos. Algo parecido com o que os Estados Unidos e o governo iraquiano fazem em relação ao EI (Estado Islâmico) no Iraque: dizem que vão combatê-los, mas, na prática, tentam aplastar a resistência popular que luta por um Estado laico, democrático e não sectário, coisa que Washington detesta.

Agora Dilma está colhendo o que plantou : o ódio à repressão se transformou em ódio ao PT, e a ele se agregou o ódio da direita, que optou por Marina Silva , este fenômeno híbrido, sem pé nem cabeça, mas que satisfaz a um e a outro lado, que só têm em comum o ódio ao governo do PT.

A porrada da ditadura, da democracia ou do PT e aliados dói do mesmo jeito. E se o eventual governo Marina baixar a repressão, o que certamente fará contra os que lutarem por direitos, a dor vai ser a mesma, mas a vingança terá sido realizada.

Não se trata de apostar no quanto pior melhor para o avanço da Revolução Socialista, mas se a conjuntura nos der esta chance, por que não aproveitá-la?

A esquerda marxista, e mesmo a reformista, não deve se desesperar desde que aposte na luta como instrumento de mudanças.

Foto: A VINGANÇA: PETISTA QUE BATEM HOJE NOS QUE LUTAM, PODEM APANHAR AMANHÃ

COM AS JORNADAS DE JUNHO DE 2013 VEIO A REPRESSÃO TRUCULENTA E O SILÊNCIO CÚMPLICE  DO GOVERNO DILMA. Se eram apartidários, desorganizados, anarquistas , ou infiltrados é  impossível  mensurar o quantitativo de participação de cada grupo, organização ou partido naquelas imensas manifestações populares. Acho que havia de tudo ali e uma insatisfação geral.

 Mas uma coisa é certa: todos os que participaram odiaram aquela repressão absurda e descabida. Culpa dos Black Blocs? Muito simplismo pensar assim. Eles quebravam vidraças, colocavam fogo em lixo e faziam barricadas nas ruas, mas não mataram ninguém. Faziam isto  na cara da polícia que nunca se deu ao trabalho de  intervir. Podiam parar qualquer ato mais radical, mas não o fizeram, preferindo prender e condenar ativistas pacíficos que lutavam por direitos. Algo parecido com o que os Estados Unidos  e o governo iraquiano fazem em relação ao EI (Estado Islâmico) no Iraque: dizem que vão combatê-lo, mas, na prática, tentam aplastar a resistência popular que luta por um Estado laico, democrático e  não sectário, coisa que  Washington detesta.

Agora, Dilma está colhendo o que plantou : o ódio à repressão  se transformou em ódio ao PT, e  a ele se agregou o ódio da direita, que optou por Marina Silva , este fenômeno híbrido, sem pé nem cabeça, mas que satisfaz a um  e ao  outro lado que só têm em comum o ódio ao governo do PT.

A porrada da ditadura, da democracia ou do PT e aliados dói do mesmo jeito. E se  o  eventual governo Marina  baixar a repressão, o que certamente fará contra os que lutarem por direitos,  a dor vai ser a mesma, mas a vingança  terá sido realizada. 

Não se trata de apostar no quanto pior melhor para o avanço da Revolução Socialista, mas se a conjuntura nos der esta chance , por que não aproveitá-la?

A esquerda marxista, e mesmo a reformista, não deve se desesperar desde que aposte  na luta como instrumento de mudanças.

Beth Monteiro

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