sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Privatização à vista

                                                                                                   por Beth Monteiro

O QUE SIGNIFICA A INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL EM RELAÇÃO AO GOVERNO?

Esta proposta defendida pela candidata Marina Silva significa transformar a Banco Central em único instrumento de regulamentação econômica, ou seja, dar ao BC o poder total de estabelecer taxas de juros para controlar a inflação.

Marina está propondo não só a volta da política monetária do governo FHC, como aprofundá-la, só que através de uma total independência do Banco Central para que este, ao adotar medidas que beneficiem ainda mais os banqueiros e especuladores, em prejuízo da maioria da população, não venha sofrer pressões políticas, ou seja, populares através de greves e manifestações.

Basta lembrar que as taxas de juros praticadas pelo governo de FHC atingiram
85,4% ao ano. Certamente isso serviu para atrair especuladores, que eles chamam de investidores, e também controlou a inflação, que mesmo assim chegou a 12% no último ano de seu mandato. As consequência foram: aumento do desemprego, redução dos salários e recessão.

O que Marina propõe é a “VELHA POLÍTICA” de aprofundamento dos ataques aos direitos dos trabalhadores, aliada a uma brutal repressão das lutas para que o Banco Central , leia-se especuladores e banqueiros, fiquem de mãos livres para agir.

Dilma não está propondo nada de muito diferente, uma vez que governa e seguirá governando nos limites do que permite a nossa escravidão pela Dívida Pública. Entretanto, uma coisa é ter o principal órgão de regulamentação macroeconômica totalmente livre para remunerar o capital, sem ser “incomodado” pelos trabalhadores revoltados com as consequências de sua políticas; e outra é um mínimo de controle pelo governo que, ao ser pressionado pelas massas e por pequenos empresários falidos, pode ser obrigado a tomar providências no sentido de frear os ataques.

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