quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Quem manda no processo eleitoral? Qual o papel da esquerda revolucionária nesse processo?


                                                                                                              por Beth Monteiro

A QUESTÃO QUE ESTÁ COLOCADA NESTAS ELEIÇÕES NÃO É APENAS QUEM, entre os candidatos eleitos pela burguesia (Dilma, Marina e Aécio), ESTÁ MENTINDO MAIS. Trata-se de, neste grave momento de derrocada do capitalismo, saber como nós, trabalhadores, aposentados, pensionistas e aliados enfrentaremos esta crise. Ficando claro que não existe, nos marcos do capitalismo, perspectiva de melhoria no nível de vida e que, ao contrário, o que está colocado é uma abrupta queda do pouco que foi conquistado com muita luta.

O atual governo tem sido criticado pelo capital financeiro que, apesar de sua alta lucratividade durante os três mandatos do PT, quer seguir neste ritmo, aumentando seus ganhos, e para isto se coloca frontalmente contra a qualquer programa de alívio à extrema pobreza e qualquer indício de resistência à privatização dos últimos redutos estatais como Banco do Brasil, Caixa Econômica.

Por outro lado, os negócios da burguesia brasileira com a China, Rússia, Irã, por exemplo, preocupam as oligarquias norte-americanas e europeias; embora eles façam também negócios com estes países, temem um alinhamento mais consistente.

Na realidade, nestas eleições, os que se batem pela presidência da República são, de um lado, Estados Unidos e aliados e, por outro lado, Rússia e China. É a geopolítica e a disputa por hegemonia do capital batendo em nossas portas.

A base da dominação imperialista em nosso país se dá pelos mecanismos de extorsão praticados pelo capital financeiro: a tal Dívida Soberana (que de soberana não tem nada). Não é a toa que nenhum dos três postulantes da burguesia ao cargo de presidente da República tocam, nem de leve, neste assunto: eles travam a discussão em torno de quem vai economizar mais para garantir a extorsão. Ou seja, eles disputam quem melhor atende às exigências do capital financeiro.

Para se credenciar, a presidente Dilma tem mostrado “bons serviços” ao imperialismo, dando carta branca para a intensificação da repressão contra os que lutam e lutarão muito mais pelos seus direitos. E sobre a repressão aos movimentos sociais e dos trabalhadores, Marina Silva e Aécio Neves se calam, pois se eleitos, encontrarão as forças repressivas em adiantado estado de deformação de todos os princípios que regem os direitos humanos, o que será muito útil para eles.

A Participação dos Partidos da esquerda marxista nestas eleições tem três objetivos principais: desmascarar esta farsa de que é possível atender qualquer reivindicação dos trabalhadores se o nosso país seguir autorizando o saque de nossas riquezas pela Dívida Pública ; fortalecer a luta pelo NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA e eleger parlamentares que estejam aos lado dos trabalhadores em suas lutas por direitos que estão sendo retirados ou negados.

Portanto, se você não é um especulador, não investe na Bolsa de valores, não é um dos que investem no agronegócio, não é dono de um banco ou empreiteira e nem ocupa cargo remunerado no governo fique atento ao que diz os candidatos do PSOL, do PCB, do PCO e do PSTU.

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