sábado, 24 de janeiro de 2015

Morreu o rei?


 por Mário Medina



Morreu essa semana, aos 90 
anos, o rei saudita Abdullah Bin Abdulazis. Notícia irrelevante, sejamos sinceros. O que a mídia burguesa nao diz é que o sujeito nao passava de um fantoche dos EUA, que bateu as botas pra dar espaco a outro da mesma laia. 

A Arábia Saudita é vizinha do Iraque, da Síria e do Ira, ou seja, um ponto estratégico da geopolítica do Oriente Médio, e joga um papel de relevancia no cenário político local, sobretudo como enclave do imperialismo ianque na regiao; além de figurar como país mais rico do Oriente Médio, um dos países mais poderosos da OPEP.

Os EUA intervém de vários modos na regiao: financiando mercenários e terroristas em guerras civis, derrubando governos, atacando drones em cabecas inocentes, etc. Todo tipo de atrocidade eles fazem. Isso é de praxe pra eles e todo mundo sabe disso.

Pois bem, estao fazendo um desmanche político na regiao e nao querem de modo algum que haja mudanca no regime saudita, que, em meio a tantas instabilidades, é um importante aliado. Sao muitos os territórios em disputa na regiao, com diversos grupos, diversos interesses, conflitos sectários aos cantaros. O destino de países como Iraque e Síria, por exemplo, é incerto. Em meio a todas essas disputas, só a Arábia Saudita é reduto seguro para as maldades ocidentais.

Abdullah chegou a ser suspeito de financiar a al Qaeda na época dos atentados as torres gemeas, mas recuperou a simpatia ianque ao aderir a Guerra ao terror que veio logo em seguida, se mostrando um fiel escudeiro dos espoliadores. O governo saudita é uma vergonha para os árabes, uma vergonha para o Oriente Médio. O rei abdullah assistiu em silencio ao ataque genocida a Gaza. foi fiel representante da alta burguesia sunita e dirigiu um governo inimigo dos direitos humanos e dos direitos civis das mulheres e das minorias.

Nao morreu um homem. Morreu um fantoche. E vai surgir outro em seu lugar, por mais intrigantes que sejam as disputas internas pela sucessao. O nome do novo líder terá de passar pelo crivo americano, terá de ter a bencao do Tio Sam. Dizer que o rei saudita morreu nao é notícia. Aguardamos ansiosos o dia de falar que o rei caiu, mas que em seu lugar surgiu uma nova forma de poder, popular, multiétnica, socialista e soviética.

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