terça-feira, 5 de maio de 2015

O golpismo no Brasil, na América Latina e as tarefas da Frente Comunista dos Trabalhadores – RESOLUÇÕES DA REUNIÃO NACIONAL – 03 DE MAIO DE 2015


Nos discursos e publicações do 1º de maio ficou clara uma matriz comum de raciocínio tanto de Lula https://www.youtube.com/watch?v=EmF3Vxcm47g , que começa a ficar preocupado com seu futuro político diante do cerco golpista contra ele, quanto a oposição de esquerda e satélites. O primeiro considera uma ingratidão do grande capital querer golpeá-lo agora, apesar dos governos do PT terem sido os mais lucrativos de todos os tempos. PSOL, PSTU e tutti quanti, por sua vez, consideram improvável um golpe de Estado pelo mesmo motivo. Ambos associam a possibilidade de golpe com a política econômica praticada pelo governo. De fato, pensando a partir deste vetor só pode deduzir-se que ou a burguesia é ingrata ou não cometeria golpe nenhum contra o governo do PT e seus dirigentes.
Divergindo deste pensamento, militantes da FCT, com presença da LC, CL, TMB, CSL, TR, reunidos no dia 3 de maio de 2015, colocaram como elementos principais do golpismo dois vetores e que tarefas devem assumir nossa organização diante dos mesmos.
Um vetor parte da Geopolítica: emblocando com os BRICS, a maioria dos governos latino-americanos incomodam o imperialismo norte-americano, ao ponto de fazer com que setores da direita imperialista mobilizem suas forças contra o PT, contra Cristina Krishner na Argentina, e contra Maduro na Venezuela, uma vez que este alinhamento contraria interesses comerciais, econômicos, militares do imperialismo.
Outro vetor parte da economia política. Não basta o Brasil se associar aos Brics para reverter a tendência histórica da queda da taxa de lucro do capital instalado no Brasil. Para reverter a tendência atual da queda da taxa de lucro na América Latina, é preciso que a burguesia aplique um plano de austeridade muito maior do que, por exemplo, o PT aplica no Brasil.

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