Contribuição da FRENTE COMUNISTA DOS TRABALHADORES (FCT) ao 54o
Conune:
Greve Geral contra a terceirização, as MPs 664 e 665, a redução da maioridade
penal, o “ajuste fiscal!
Existe uma onda reacionária
promovida
pelo imperialismo para
derrubar governos
que na atual conjuntura estão
mais alinhados com a China e
a Rússia do que com o Ocidente.
Honduras (2009), Equador
(2010), Líbia (2011), Paraguai
(2012), Egito (2013), Ucrânia
(2014),... No governo Obama a
CIA realizou um Golpe de Estado
por ano. O Brasil pode ser a
bola da vez.
E não adianta a Dilma obedecer
às pressões da direita
golpista e do imperialismo, fazer
um “ajuste fiscal” para sobrar
mais dinheiro para o grande
capital, contra a população e
a juventude trabalhadora, como
fez cortando verbas para educação.
Se na geopolítica internacional,
o governo do Brasil
continuar aliado aos BRICS a
escalada golpista vai continuar,
ainda que possa dar uma desaquecida
pelas contradições
dentro da própria frente golpista.
Estamos em uma nova guerra
fria entre Ocidente e Oriente
e não é a política econômica nacional,
mas a economia política
mundial quem predomina na
disputa do destino das nações.
Nós da Frente Comunista
dos Trabalhadores fazemos
uma análise mais ampla e profunda
para entender a conjuntura
no Brasil, baseada na geopolítica
e na economia política
internacional.
A crise capitalista de 2008,
que teve como epicentro os
EUA e Europa abriu uma nova
situação mundial.
A recessão nas metrópoles
abriu espaço para a projeção
comercial da China e Rússia,
duas economias capitalistas cujas
tarefas nacionais burguesas foram resolvidas por revoluções
sociais e implantação de ditaduras
proletárias. Dispondo de
gigantes recursos energéticos
e humanos, as burguesias destes
dois países avançam sobre
o recuo econômico dos EUA e
UE, atingidos pela recessão e
aspiram converter-se em potências
imperialistas.
O imperialismo reage a expansão
comercial do bloco
Eurásico, manipulando o descontentamento
popular sem
direção revolucionária (como
ocorreu nas jornadas de junho
de 2013 no Brasil depois que a
grande mídia resolveu “sequestrá-las”
para a direita) contra os
efeitos da crise capitalista para
articular Golpes de Estado contra
governos semicoloniais e
expandir seu parasitismo como
fez na Líbia, Paraguai, e Ucrâ-
nia, cujos governos estreitavam
suas relações comerciais com
China e Rússia.
Mas não basta o Brasil se
associar aos Brics, a China e a
Rússia para reverter a tendência
histórica da queda da taxa
de lucro do capital instalado no
Brasil.
Graças aos altos preços dos
commodities e a parceria comercial
do governo do PT com
a China, a partir de 2009, aliado
aos ganhos de produtividade derivados
da taxa de exploração,
a crise capitalista mundial de
2008 teve baixo impacto no Brasil.
Mas, a partir de 2011, a queda
dos preços dos commodities
e a desaceleração da economia
chinesa fizeram com que a economia
agroindustrial brasileira,
inteiramente dependente das
grandes economias mundiais,
entrasse em crise.
Os mecanismos que livraram
o Brasil dos efeitos da crise
mundial, no final dos anos 10,
não contiveram a tendência da
queda da taxa de lucro do capital,
que despencou a partir de
2004, caindo em 8% em 2008,
principalmente com o crescimento
dos salários que provocou
a queda de 25% na taxa de
exploração.
Para recuperar a taxa de lucro
o capital ameaça realizar
ataques brutais aos direitos da
juventude e da população trabalhadora
como a terceirização
e a redução da maioridade penal.
A direita é um pit bull do imperialismo
contra as massas.
A instauração de governos
títeres de direita e fascistas,
como na Ucrânia, tem a função
política de aterrorizar as massas
(como realizada por Beto
Richa contra os professores paranaenses)
para obrigá-las a se
submeterem a planos de austeridades,
ajustes fiscais, perda
de conquistas, demissões,
arrocho salarial, precarização
do trabalho que permitam ao
imperialismo extrair superlucros
dos trabalhadores.
Para derrotar esta ofensiva e
virar a mesa a juventude precisa
impulsionar a partir deste 54o
ConUNE uma unidade de ação
da UNE, CUT, MST, MTST, se
opondo firmemente a perseguição
da direita ao PT, PCdoB,
à esquerda e ao comunismo,
mas sem defender politicamente
o governo Dilma, ao PT e suas
políticas contra a juventude e a
classe trabalhadora. Lutar por
um programa pela Estatização
e expropriação sob o controle
dos trabalhadores e usuários da
mídia burguesa, educação, saú-
de, transportes. Pelas reformas
urbana e agrária, pela revolução
agrária contra a agroindústria.
Pela dissolução de todo aparato
repressivo policial.
A FCT luta por uma FRENTE
ÚNICA ANTIIMPERIALISTA,
unindo BRICS, bolivarianos,
Estados Operários remanescentes,
nacionalismo islâmico
e Irã, africanos e “terceiromundistas”
– sempre que estiverem
sob ataque e/ou em contradição
com o imperialismo.
Lutamos pela Greve Geral
contra a terceirização e a direita
golpista, tendo como estratégia
a construção da OPOSIÇÃO
OPERÁRIA E COMUNISTA AO
GOVERNO DILMA-LEVI e de
um partido para lutar pela revolução
e o socialismo.
Frente Comunista dos Trabalhadores
Liga Comunista - Coletivo Lenin - Espaço Marxista - Socialistas Livres - Tendência revolucionária
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