por Beth Monteiro / RPR- Rio de Janeiro
NESTA DISPUTA MORTAL ENTRE OLIGARQUIAS REACIONÁRIAS, RESTA AOS
TRABALHADORES DA UCRÂNIA ENCONTRAREM O CAMINHO PARA A REVOLUÇÃO
SOCIALISTA
"Os líderes mudam, mudam as regras, e as oligarquias só querem ter certeza se vão manter os seus bens e seus lucros”
Em meio a protestos espalhando ocupações de prédios públicos na
Ucrânia, oligarcas empresariais do país se reuniram e pediram ao
presidente Viktor Yanukovych para negociar com os líderes da oposição de
direita apoiados pela União Europeia (UE) es Estados Unidos.
A
maioria das batalhas de rua ao redor da Praça da Independência, como as
ocupações das administrações regionais, foram travadas por apenas alguns
milhares de manifestantes, mobilizados pelo fascista partido Svoboda e
grupos de direita. A CAPACIDADE DESSAS FORÇAS PARA DESESTABILIZAREM A
UCRÂNIA ATESTA A IMPOPULARIDADE E A BASE SOCIAL ESTREITA DO REGIME
REACIONÁRIO DE YANUKOVYCH.
O Conselho de Ministros se reuniu
para discutir a viabilidade de resolver a crise com uma repressão em
massa e propôs aumentar o número de tropas de choque em seis vezes,
para 30.000, e comprar mais munição para as unidades de polícia
(qualquer semelhança com os gastos com a repressão no Brasil, não é
mera coincidência: são todos farinha do mesmo saco)
De acordo
com a BBC, o Conselho concluiu que, por enquanto, "NINGUÉM SABE ATÉ
ONDE VÃO AS SIMPATIAS DE TODOS E DE CADA UM DOS SOLDADOS do país, das
tropas do interior e das tropas de choque ... Se as autoridades optam
por reprimir, eles podem não ter forças suficientes do seu lado,
então, em vez de restaurar a ordem no país, seria muito provável cavarem
o fim do Sr. Yanukovych ".
Sob essas condições, UM GRUPO DE
OLIGARCAS UCRANIANOS SE REUNIU PARA PEDIR A RECONCILIAÇÃO entre a
oposição e o regime. O líder-Rinat Akhmetov- um apoiador Yanukovych e o
homem mais rico da Ucrânia- em seguida, emitiu um comunicado no site
da sua Capital Management System (SCM) do grupo, pedindo a
reconciliação.
O REGIME E A OPOSIÇÃO OBEDECERAM AOS OLIGARCAS.
À noite, assessores top de Yanukovych se encontraram com líderes da
oposição: Vitali Klitschko do Partido Udar, com o líder do partido
Pátria, Arseniy Yatseniuk e com o do Svoboda, Oleh Tyahnibok.
Em
declarações ao The Guardian, um dos líderes da oposição, Klitschko,
elogiou os oligarcas e vangloriou-se de seus laços estreitos com eles.
Em conversas privadas, todos os oligarcas apoiam a ideia do Estado
de Direito", disse ele. "Os líderes mudam, mudam as regras, e as
oligarquias só querem ter certeza se vão manter os seus bens. Esta
declaração aponta para a agenda anti-trabalhador , tanto da oposição
apoiada pelo Ocidente, quanto o regime. Ambos são dedicados a
defenderem as oligarquias capitalistas reacionárias que surgiram, pós
restauração do capitalismo na URSS em 1991.
O conflito entre
Yanukovych e a oposição é apenas sobre geo-estratégia de
orientação- se Moscou, ou UE- ou o que melhor preserve de forma
mais confiável os "ativos" monopolizados pelos oligarcas.
Fonte:Global Researh
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
UCRÂNIA: A NOVA GUERRA FRIA SE TRANSFORMA EM GUERRA SUJA
por Beth Monteiro / RPR- Rio de Janeiro
Aproveitando-se da justa indignação dos trabalhadores e dos setores mais desfavorecidos da sociedade em relação aos profundos ataques a seu nível de vida, como consequência da grave crise econômica que atravessa a Ucrânia, a direita fascista pró-ocidente e outros setores de oposição burguesa pretendem impor, à força, um governo de extrema direita que se comprometa com a implementação de políticas de austeridade da União Europeia (UE) , com o Fundo Monetário Internacional e que promova a adesão do país à NATO.
Entre os que fomentam e se apoiam nos protestos para depois traí-los de forma mais cínica, estão Yatsenyuk , um dos líderes do partido Batkivshchyna, liderado pela oligarca presa por corrupção, Julia Tymoshenko; o ex-presidente do Banco Nacional da Ucrânia e ministro dos Negócios Estrangeiros , um ferrenho defensor das políticas de austeridade exigidas pela UE e FMI.
Jogando nesta nova guerra-fria que se transformou em guerra suja , está, também, o ex-boxeador Vitali Klitschko, chefe da Aliança Democrática Ucraniana, uma criação da União Cristã da chanceler alemã, Angela Merkel . Para atirar a Ucrânia nos braços da UE e seus planos de ajustes, que está promovendo a maior onda de desemprego de todos os tempos em diversos países da Europa, retirando praticamente todas as conquistas dos trabalhadores, Klitschko defendeu com veemência a sua colaboração com o terceiro principal partido da coalizão de oposição, o partido Svoboda, uma agremiação neofascista liderada pelo ultranacionalista Oleh Tyahnybok, que, pelas redes sociais, prega o assassinato do presidente Viktor Yanukovych, de forma indireta, ao prevení-lo para não ir pelo mesmo caminho de Nikolai Ceausescu e Kadafi.
Segundo notícias amplamente divulgadas na mídia ocidental, manifestantes antigovernamentais ocuparam edifícios de autoridades locais em pelo menos nove regiões do país. Na cidade de Lviv, reduto tradicional de forças ultranacionalistas, manifestantes ocupam escritórios do governo local desde a semana passada.
As forças mais violentas nas ruas são de direita pró-NATO/UE, embora se declarem independentes do Svoboda, são os poucos que jogam coquetéis Molotovs e tentam matar policiais. Além deles, existem grupos paramilitares que pertenciam ao fascista Svoboda e atual Patriota da Ucrânia que aparecem em fotos dos recentes protestos, ostentando símbolos fascistas em seus escudos.
Na opinião do pensador brasileiro, Moniz Bandeira,”... trata-se de um amplo jogo geopolítico, no qual os EUA tentam impedir o surgimento de outra força que possa confrontá-los estrategicamente, enquanto Moscou, herdeira do potencial militar e nuclear da finada URSS, constrói um tratado econômico que reagruparia antigas repúblicas soviéticas em uma União Eurasiana que lhe adensaria a dimensão geopolítica. É nesse contexto que deve ser vista a ação de políticos americanos como os senadores John McCain e Christopher Murphy em apoio às demonstrações de massa.”
Tendo desencadeado as forças mais reacionárias e levado a Ucrânia para a beira do precipício da guerra civil, as elites dominantes ocidentais discutem uma possível intervenção no país.
Por mais críticas que a esquerda revolucionária tenha em relação à Rússia de Putin, defender a independência da Ucrânia frente aos avanços da neocolonização imperialista significa defender os trabalhadora da sanha escravizadora dos EUA/UE.
Fontes: The Guardian, Channel 4 News, Blog Estadão (texto de Moniz Bandeira), WSWS, Agências de Notícia Ucraniana, Ásia Time.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Repressão na Unifesp
Por Mário Medina / RPR- São Paulo
Um ano e meio depois de sofrer o constrangimento de ser detido pela PM num ato de greve estudantil dentro do campus Guarulhos da Unifesp, ocasião em que fui conduzido ao prédio da Polícia Federal em São Paulo, onde com mais vinte e poucos companheiros permaneci preso por cerca de 27 horas e saí por força de uma espécie de habeas corpus, pra aguardar julgamento, recebo a notícia que o processo até então não aceito pelo juiz que o apreciou, sob o argumento de que não havia como constatar materialidade das acusações, a saber, dano ao patrimônio e constrangimento ilegal, esse mesmo processo é reaberto por pedido de recurso do Ministério Público, agora constando apenas três dos 23 nomes iniciais, o meu e o de dois companheiros, que também tinham destaque no movimento estudantil à época.
Após essa ocasião em que fui preso,
a segunda, pois já havia sido detido em uma ocupação de reitoria
em 2008, me afastei do movimento estudantil para me dedicar a outras
tarefas militantes. De lá pra cá acompanhei a distância o transcorrer
do processo, e obtive a informação do atual processo por uma
companheira, presa comigo na época, que me enviou mensagem por rede
social.
Essa companheira soube do processo
por ter ido ao fórum de Guarulhos para uma audiência pública, pois
também havia sido detida por ocasião de reintegração de posse do
prédio da direção, ocupado dias antes do incidente em que a PM foi
chamada ao campus pra reprimir um ato dos alunos grevistas, que se
encontravam em frente ao prédio entoando palavras de ordem em que
exigiam a imediata renúncia do então diretor acadêmico, o professor
titular Marcos Cézar de Freitas, filiado ao PT.
Esse mesmo senhor depôs contra mim e
os outros dois companheiros, afirmando nos ter visto pichando as
paredes do campus.
O fato curioso dessa história é que
eu e os dois companheiros citados no proceso somos militantes
orgânicos da esquerda revolucionaria, eu, filiado ao Psol, Laise,
militante do PCO, e Bruno Henrique, à época militante do MNN. Tenho
dito que uma semana antes havia xingado o diretor Marcos Cézar de
petista safado, enquanto ele acompanhava a reintegração de posse da
diretoria, quando 46 estudantes foram detidos pela PM, além de ter
publicado inúmeros artigos em que criticava sua gestão.
Ou seja, não tenho dúvida alguma que
Marcos Cézar levou a questão pro lado pessoal, e que essa acusação
se trata de uma perseguição de cunho político, de um sujeito
reacionário que pretende prejudicar um militante de esquerda, o que
também acontece com os outros dois estudantes, publicamente
reconhecidos na universidade por sua militância e combatividade.
Esse tipo de acusação, de métodos
repressivos, são usualmente utilizados pelo estado para criminalizar
os movimentos populares, pra conter as ondas de manifestação de
descontentamento com os poderes estabelecidos. Nesse sentido, chega a
ser previsível que soframos esse tipo de perseguição, e entendo
ser imprescindível que os militantes de esquerda continuem se
manifestando apesar dos esforços que a repressão empreende para
conter os movimentos.
Pelo visto, 2014 será um ano recheado de detenções e processos, a exemplo do que vem ocorrendo nos últimos tempos, com direito a recrudescimento por preocupação do governo em viabilizar os jogos da Copa, a contragosto da população, que exige com propriedade a melhora dos serviços públicos e a aplicação do dinheiro público em obras que beneficiem os contribuintes, e não o setor privado.
Não esmoreceremos.
Até a vitória sempre!
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
REPRESSÃO/ Dirigente da RPR- São Paulo é acusado em processo relativo a prisão em greve no movimento estudantil
Mais um processo...
Ontem fui informado que estou sendo processado por um incidente em que fui preso há algum tempo atrás...
Eu, Bruno Henrique e Laíse estamos sendo processados por uma
confusão na greve de 2012 na Unifesp, quando policiais militares entraram no campus pra reprimir o movimento com com balas de borracha e bombas de lacrimogênio Parece que o Marcos Cézar, ex diretor do campus, filiado ao PT, depôs contra a
gente, dizendo que pixamos a direção. Curioso que foram 23 presos, mas Marcos Cézar destacou esses três nomes. Detalhe: uma semana antes eu
havia xingado ele de petista safado, enquanto ele acompanhava a
reintegração de posse da diretoria ocupada, episódio em que 46 alunos
foram detidos. E eu havia escrito trocentos artigos criticando a
gestão do cara. No processo comigo, curioso notar, figuram mais dois
militantes, uma companheira do PCO e um então militante do MNN. Ou seja, só militantes orgânicos da esquerda, gente engajada...Curioso, né?
Mas vamos denunciar essa repressão, com campanhas, textos, etc...
Continuamos na luta!
Mário Medina
Ontem fui informado que estou sendo processado por um incidente em que fui preso há algum tempo atrás...
Eu, Bruno Henrique e Laíse estamos sendo processados por uma
confusão na greve de 2012 na Unifesp, quando policiais militares entraram no campus pra reprimir o movimento com com balas de borracha e bombas de lacrimogênio Parece que o Marcos Cézar, ex diretor do campus, filiado ao PT, depôs contra a
gente, dizendo que pixamos a direção. Curioso que foram 23 presos, mas Marcos Cézar destacou esses três nomes. Detalhe: uma semana antes eu
havia xingado ele de petista safado, enquanto ele acompanhava a
reintegração de posse da diretoria ocupada, episódio em que 46 alunos
foram detidos. E eu havia escrito trocentos artigos criticando a
gestão do cara. No processo comigo, curioso notar, figuram mais dois
militantes, uma companheira do PCO e um então militante do MNN. Ou seja, só militantes orgânicos da esquerda, gente engajada...Curioso, né?
Mas vamos denunciar essa repressão, com campanhas, textos, etc...
Continuamos na luta!
Mário Medina
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Salário decente já!
por Mario
Medina / RPR- São Paulo
O salário mínimo no Brasil continua uma piada. Ano passado o reajuste do mínimo foi de 56 reais, esse ano o aumento foi de miseráveis 46, saltando dos quase insignificantes 678 para os insuficientes 724, cerca de um quarto do valor apontado pelas pesquisas do DIEESE, que calcula o mínimo necessário em R$ 2.750.
A RPR tem críticas
aos métodos de pesquisa do instituto em questão, questiona seu
atrelamento ao PT, mas defende o valor estipulado, ao passo que
reconhece a ausência de um outro instituto com maior autoridade e
grau de confiabilidade. Algumas correntes da esquerda fazem o cálculo
por conta própria, o que também consideramos problemático por
falta de critérios definidos cientificamente e falta de
representatividade e visibilidade.
Reiteramos que a
defesa do aumento do mínimo para o valor de R$ 2. 750 é o
suficiente para apontarmos para os assalariados o quanto o atual
mínimo é defasado perante o valor mais próximo do ideal, necessário para sanar
as necessidades cotidianas das famílias trabalhadoras.
Apontar o valor do
mínimo conforme o definido por pesquisa do DIEESE é apontar, não só o salário mais próximo do que o trabalhador merece e necessita
para manter sua vida com dignidade, mas também apontar o quanto a
patronal desvaloriza a força de trabalho do proletariado, o quanto a
burguesia suga de mais -valia da classe operária, a desproporção
abissal de renda entre ricos e pobres, o quanto essa sociedade
capitalista é desigual e injusta.
Defender um salário
mínimo vital para a classe trabalhadora, ao passo que se evidencia o
caráter espoliador da burguesia parasita, é defender uma nova ordem
social em que o trabalhador e a trabalhadora assumem papel de
destaque, de prioridade política e econômica, o que é mais do que
justo, pois é a massa trabalhadora a responsável pela criação e
manutenção da vida em sociedade, seja no campo ou na cidade.
Um governo que não
prioriza o bem estar de sua população, e, que, ao contrário,
rebaixa a qualidade de vida dos trabalhadores em função de sua
opção política pelos poderosos, é um governo que não merece
confiança alguma, um governo que não merece qualquer gesto de apoio
classista, que nãoo pode contar com sustentação popular alguma.
É dever da esquerda
revolucionaria, e a RPR não se furta dessa tarefa, denunciar o
caráter pró-burguesia desse governo. Enquanto Dilma manda Mantega
acalmar os ânimos dos falcões do mercado financeiro, a esquerda vem
a público para o discurso contra-hegemonico necessário.
Esse governo
picareta e maldito se gaba publicamente por destinar vultosíssimas
quantias do erário publico para o pagamento dos juros da dívida, uma
dívida-fake, uma dívida que já foi paga milhares de vezes e que se
trata de juros sobre juros que vão para os bolsos dos rentistas que
vivem de especulação e brisa.
A esquerda, ao
contrário, se orgulha publicamente de manter a defesa dos interesses
da classe trabalhadora e dos mais pobres e marginalizados. Nosso
discurso é claro: defendemos o cancelamento imediato do pagamento da
dívida pública, uma auditoria a posteriori e a implantação de uma
macro-economia planificada, gerida de acordo com os interesses
populares, pra resgatar a dignidade dos que agora sofrem com o
desemprego e a pauperização.
Aos paladinos da
burguesia, esses senhores que dizem ser impossível um aumento
substancial do mínimo, argumentando que tal política geraria uma
inflação sem precedentes, que quebraria a previdência social,
entre outros ataques ideológicos, desmentimo-os com firmeza, dizendo
que o dinheiro destinado para a farra da divida tem de ser realocado
em serviços essenciais e servir de subsídio para uma política de socialização
dos recursos sociais.
A esquerda nao quer
reformar o estado capitalista. A esquerda quer tomar o poder para o
proletariado, para implantar um estado a serviço do proletariado,
para depois, por fim, esmagar o estado e implantar o comunismo. Não
nos interessa os interesses mesquinhos dessa burguesia maldita. Nos
interessa servir ao trabalhador, formar com o trabalhador uma nova
lógica, alternativa, revolucionária e socialista.
- Por um salário mínimo de R$ 2. 750!
- Pelo cancelamento imediato da dívida pública!
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Maria Luiza- Gelsimar / Gestões a serviço da classe trabalhadora
Beth Monteiro/ RPR- Rio de Janeiro
A HISTÓRIA DE UMA PREFEITA DE ESQUERDA QUE NÃO SE VENDEU, NEM SE RENDEU ÀS PRESSÕES DA BURGUESIA E DA IMPRENSA.
AGORA, ESTA HISTÓRIA ESTÁ SE REPETINDO EM ITAOCARA
Em 1985, o Brasil voltou a eleger diretamente os prefeitos das capitais, proibido durante a ditadura. Nesta nova fase, aconteceu uma das maiores surpresas políticas da história da cidade de Fortaleza: a eleição de Maria Luiza Fontenele, do Partido dos Trabalhadores para o mandato de 1986/1989.
A eleição da petista foi uma aposta da população que preteriu os políticos tradicionais em favor de uma nova administração, na expectativa de melhores condições de vida, emprego, mais democracia e participação política.
Sua administração teve um forte traço popular, com a instituição dos Conselhos Populares. A iniciativa da prefeita encontrou forte resistência dos vereadores. Nos enfrentamentos com a Câmara Municipal, os parlamentares tiveram apoio da classe média rica da cidade.
Todo o tipo de problemas foram criados para impedir o sucesso da administração de Maria Luiza, que tinha sobre si os olhares atentos da imprensa burguesa de todo o país, disposta a minar seu governo e demonstrar que uma administração popular e democrática estava destinada ao fracasso.
Já dando mostra de seu pragmatismo , em 1987, o PT rompeu com a administração Maria Luiza Fontenele e expulsou a prefeita do partido. Na Câmara, os vereadores a ameaçavam com impeachment.
Ela foi prefeita de um partido de oposição de esquerda que dava os seus primeiros passos (o PT). Atualmente a ex-prefeita faz parte do movimento chamado "crítica radical" na qual tece críticas ao capitalismo e ao modo como ocorre a escolha dos políticos. Prega também o boicote às eleições como forma de protesto contra o establishment político brasileiro. Recentemente, viajou para Nova Iorque para seguir de perto o movimento "Occupy Wall Street".
Hoje, outra administração popular e democrática está sendo pressionada pelos setores mais abastados da população, pela imprensa e pelos partidos da ordem burguesa a abandonar seus ideais de governar para os trabalhadores e setores menos favorecidos da cidade e de cumprir sua determinação em combater a corrupção.
GELSIMAR GONZAGA, PSOL, PREFEITO DE ITAOCARA está repetindo a saga de Maria Luiza Fontenele ao enfrentar os poderosos e seus interesses mesquinhos que tentam minar sua administração para demonstrar que governar para os trabalhadores e não ser corrupto são “crimes” imperdoáveis para a ordem estabelecida.
A HISTÓRIA DE UMA PREFEITA DE ESQUERDA QUE NÃO SE VENDEU, NEM SE RENDEU ÀS PRESSÕES DA BURGUESIA E DA IMPRENSA.
AGORA, ESTA HISTÓRIA ESTÁ SE REPETINDO EM ITAOCARA
Em 1985, o Brasil voltou a eleger diretamente os prefeitos das capitais, proibido durante a ditadura. Nesta nova fase, aconteceu uma das maiores surpresas políticas da história da cidade de Fortaleza: a eleição de Maria Luiza Fontenele, do Partido dos Trabalhadores para o mandato de 1986/1989.
A eleição da petista foi uma aposta da população que preteriu os políticos tradicionais em favor de uma nova administração, na expectativa de melhores condições de vida, emprego, mais democracia e participação política.
Sua administração teve um forte traço popular, com a instituição dos Conselhos Populares. A iniciativa da prefeita encontrou forte resistência dos vereadores. Nos enfrentamentos com a Câmara Municipal, os parlamentares tiveram apoio da classe média rica da cidade.
Todo o tipo de problemas foram criados para impedir o sucesso da administração de Maria Luiza, que tinha sobre si os olhares atentos da imprensa burguesa de todo o país, disposta a minar seu governo e demonstrar que uma administração popular e democrática estava destinada ao fracasso.
Já dando mostra de seu pragmatismo , em 1987, o PT rompeu com a administração Maria Luiza Fontenele e expulsou a prefeita do partido. Na Câmara, os vereadores a ameaçavam com impeachment.
Ela foi prefeita de um partido de oposição de esquerda que dava os seus primeiros passos (o PT). Atualmente a ex-prefeita faz parte do movimento chamado "crítica radical" na qual tece críticas ao capitalismo e ao modo como ocorre a escolha dos políticos. Prega também o boicote às eleições como forma de protesto contra o establishment político brasileiro. Recentemente, viajou para Nova Iorque para seguir de perto o movimento "Occupy Wall Street".
Hoje, outra administração popular e democrática está sendo pressionada pelos setores mais abastados da população, pela imprensa e pelos partidos da ordem burguesa a abandonar seus ideais de governar para os trabalhadores e setores menos favorecidos da cidade e de cumprir sua determinação em combater a corrupção.
GELSIMAR GONZAGA, PSOL, PREFEITO DE ITAOCARA está repetindo a saga de Maria Luiza Fontenele ao enfrentar os poderosos e seus interesses mesquinhos que tentam minar sua administração para demonstrar que governar para os trabalhadores e não ser corrupto são “crimes” imperdoáveis para a ordem estabelecida.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
A SIMBIOSE IRAQUE SÍRIA
por Beth Monteiro/ RPR- Rio de Janeiro
Os levantes na Síria encorajaram os seus compatriotas no Iraque, que partilham uma fronteira comum, a começarem os seus próprios protestos que se iniciaram em dezembro de 2012 até que o exército iraquiano matasse e ferisse vários manifestantes pacíficos em Hawijah.
No Iraque pós guerra, não há mais acordo político, nem diálogo, nem confiança entre as diferentes comunidades. Para os trabalhadores, principalmente os de confissão sunita, foram fechadas as portas do trabalho, e abertas as da prisão.
A nova lei trabalhista é ainda pior do que no antigo regime, pois priva o funcionalismo público dos direitos mais básicos como o de se organizar e o direito de greve. Além disso, foram facilitadas as demissões dos trabalhadores pelos proprietários de fábricas e petroleiras. O governo iraquiano aceitou as exigências do FMI como condições para um empréstimo compulsório de cerca de 436 milhões de dólares e em troca iniciou as reformas neoliberais.
Os protestos populares no Iraque em 2012, os maiores em várias gerações, foram violentamente reprimidos. Neste período, o primeiro Ministro, Maliki, fez promessas e tentou cooptar a vanguarda do movimento, ao mesmo tempo em que encarcerou centenas e matou dezenas. Longe de arrefecer a luta, as prisões maciças de ativistas, principalmente mulheres, aprofundou a revolta.
O movimento de protesto dos árabes sunitas, um quinto da população do Iraque que reclamam de ser tratados como cidadãos de segunda classe, é tachado, pelo governo, de terrorismo.
Premier Maliki cometeu um erro de cálculo ao acreditar que ganhando tempo, os protestos sunitas iriam esmorecer e poderiam assim dividir sua liderança com promessas de dinheiro e empregos. Agora, tenta convencer os eleitores xiitas de que ele e o seu partido preveniram uma contrarrevolução do Partido Baas de Sadan Hussein, o que expulsaria os xiitas do poder.
O governo iraquiano depende da aliança entre os xiitas e curdos que, antes da invasão dos EUA em 2003, eram oprimidos pelo regime sunita de Saddam Hussein. Mas esta aliança está desgastada: o exército iraquiano e as tropas curdas já entraram em confronto.
TERRORISMO: UMA ARMA DA CONTRARREVOLUÇÃO QUE OS TRABALHADORES AINDA NÃO SABEM COMO LIDAR COM ELA.
Diante de tantos problemas, o premier iraquiano , Malliki. optou por jogar a carta sectária, numa tentativa de escamotear a discussão sobre as principais reivindicações das massas mobilizadas como a corrupção generalizada do governo e falta de serviços básicos, para a questão se segurança. Essa política parece estar surtindo efeito pois os xiitas do Iraque acreditam que poderão vir a enfrentar um luta pela sua existência. Estes temores estão sendo deliberadamente inflacionados pelo governo, o que assegura a base política de Maliki. Os iranianos já expressaram abertamente as suas dúvidas sobre ele, contudo, não querem retirá-lo do poder enquanto luta para salvar o seu aliado na Síria.
A NOVA GUERRA FRIA
No mês passado, os EUA enviou quase uma centena de mísseis ar-terra para a força aérea iraquiana como ajuda para combater o Al-Qaeda. Ironicamente, os mesmos grupos que estão se beneficiando da guerra encoberta e ostensiva dos EUA para desestabilizar a Síria.
Entretanto, o mais surpreendente, embora compreensível, é o envio de ajuda militar da Rússia para o regime de Maliki , o mesmo que recebe ajuda dos EUA.
A geopolítica, hoje, já não funciona como aquela coisa preto no branco da época da guerra fria e da cortina de ferro que separava o mundo em áreas de dominação claras. Agora, predominam as disputas por mercados e por energia, com o capital financeiro disposto a destruir o mundo para impor sua hegemonia. E nessa disputa, o todo poderoso imperialismo norte-americano está vendo seu domínio sobre o mundo escorrer pelo ralo.
A expressão mais contundente do fracasso dos EUA na guerra contra o Iraque está na escolha do governo deste país devastado. Como não poderia impor uma liderança entre os que resistiram à guerra, ou seja, aliados históricos ou circunstanciais de Sadam Hussein, foram obrigados a optar por um xiita praticamente desconhecido da população para funcionar como títere.
Dessa jogada arriscada só poderia sair um governo contraditório que ora aceita as ordens do império, ora se contrapõe a elas. Por exemplo, Maliki apoia o regime de Al-Assad, na Síria e nunca esteve disposto a se contrapor ao Irã, notório desafeto dos EUA/Israel. Aproveitando essas brechas, o premier russo Wladimir Putin se joga na disputa do Iraque, oferecendo ajuda para combater o mesmo terrorismo que ele ajuda a combater na Síria.
O FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO
A evolução dos acontecimentos no Iraque constitui a maior derrota geopolítica dos Estados Unidos em muitas décadas: eles derrubaram o regime anti-iraniano de Sadam Hussein e acabaram por ter um regime pró-iraniano instalado em Bagdad.
Os levantes na Síria encorajaram os seus compatriotas no Iraque, que partilham uma fronteira comum, a começarem os seus próprios protestos que se iniciaram em dezembro de 2012 até que o exército iraquiano matasse e ferisse vários manifestantes pacíficos em Hawijah.
No Iraque pós guerra, não há mais acordo político, nem diálogo, nem confiança entre as diferentes comunidades. Para os trabalhadores, principalmente os de confissão sunita, foram fechadas as portas do trabalho, e abertas as da prisão.
A nova lei trabalhista é ainda pior do que no antigo regime, pois priva o funcionalismo público dos direitos mais básicos como o de se organizar e o direito de greve. Além disso, foram facilitadas as demissões dos trabalhadores pelos proprietários de fábricas e petroleiras. O governo iraquiano aceitou as exigências do FMI como condições para um empréstimo compulsório de cerca de 436 milhões de dólares e em troca iniciou as reformas neoliberais.
Os protestos populares no Iraque em 2012, os maiores em várias gerações, foram violentamente reprimidos. Neste período, o primeiro Ministro, Maliki, fez promessas e tentou cooptar a vanguarda do movimento, ao mesmo tempo em que encarcerou centenas e matou dezenas. Longe de arrefecer a luta, as prisões maciças de ativistas, principalmente mulheres, aprofundou a revolta.
O movimento de protesto dos árabes sunitas, um quinto da população do Iraque que reclamam de ser tratados como cidadãos de segunda classe, é tachado, pelo governo, de terrorismo.
Premier Maliki cometeu um erro de cálculo ao acreditar que ganhando tempo, os protestos sunitas iriam esmorecer e poderiam assim dividir sua liderança com promessas de dinheiro e empregos. Agora, tenta convencer os eleitores xiitas de que ele e o seu partido preveniram uma contrarrevolução do Partido Baas de Sadan Hussein, o que expulsaria os xiitas do poder.
O governo iraquiano depende da aliança entre os xiitas e curdos que, antes da invasão dos EUA em 2003, eram oprimidos pelo regime sunita de Saddam Hussein. Mas esta aliança está desgastada: o exército iraquiano e as tropas curdas já entraram em confronto.
TERRORISMO: UMA ARMA DA CONTRARREVOLUÇÃO QUE OS TRABALHADORES AINDA NÃO SABEM COMO LIDAR COM ELA.
Diante de tantos problemas, o premier iraquiano , Malliki. optou por jogar a carta sectária, numa tentativa de escamotear a discussão sobre as principais reivindicações das massas mobilizadas como a corrupção generalizada do governo e falta de serviços básicos, para a questão se segurança. Essa política parece estar surtindo efeito pois os xiitas do Iraque acreditam que poderão vir a enfrentar um luta pela sua existência. Estes temores estão sendo deliberadamente inflacionados pelo governo, o que assegura a base política de Maliki. Os iranianos já expressaram abertamente as suas dúvidas sobre ele, contudo, não querem retirá-lo do poder enquanto luta para salvar o seu aliado na Síria.
A NOVA GUERRA FRIA
No mês passado, os EUA enviou quase uma centena de mísseis ar-terra para a força aérea iraquiana como ajuda para combater o Al-Qaeda. Ironicamente, os mesmos grupos que estão se beneficiando da guerra encoberta e ostensiva dos EUA para desestabilizar a Síria.
Entretanto, o mais surpreendente, embora compreensível, é o envio de ajuda militar da Rússia para o regime de Maliki , o mesmo que recebe ajuda dos EUA.
A geopolítica, hoje, já não funciona como aquela coisa preto no branco da época da guerra fria e da cortina de ferro que separava o mundo em áreas de dominação claras. Agora, predominam as disputas por mercados e por energia, com o capital financeiro disposto a destruir o mundo para impor sua hegemonia. E nessa disputa, o todo poderoso imperialismo norte-americano está vendo seu domínio sobre o mundo escorrer pelo ralo.
A expressão mais contundente do fracasso dos EUA na guerra contra o Iraque está na escolha do governo deste país devastado. Como não poderia impor uma liderança entre os que resistiram à guerra, ou seja, aliados históricos ou circunstanciais de Sadam Hussein, foram obrigados a optar por um xiita praticamente desconhecido da população para funcionar como títere.
Dessa jogada arriscada só poderia sair um governo contraditório que ora aceita as ordens do império, ora se contrapõe a elas. Por exemplo, Maliki apoia o regime de Al-Assad, na Síria e nunca esteve disposto a se contrapor ao Irã, notório desafeto dos EUA/Israel. Aproveitando essas brechas, o premier russo Wladimir Putin se joga na disputa do Iraque, oferecendo ajuda para combater o mesmo terrorismo que ele ajuda a combater na Síria.
O FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO
A evolução dos acontecimentos no Iraque constitui a maior derrota geopolítica dos Estados Unidos em muitas décadas: eles derrubaram o regime anti-iraniano de Sadam Hussein e acabaram por ter um regime pró-iraniano instalado em Bagdad.
domingo, 5 de janeiro de 2014
“MOTIM DAS PERERECAS” MOSTRA SUA VERDADEIRA FACE: AGENTES DO IMPERIALISMO
por Beth Monteiro/ RPR- Rio de Janeiro
“Nosso anticapitalismo não é antieuropeu nem antiocidental . Nos consideramos parte do Ocidente, e somos parte da cultura europeia. As contradições da sociedade de consumo nos inquieta, mas não procuramos destruir a sociedade de consumo” – (declaração d e Pussy Riot em coletiva à imprensa
AMADORISMO POLÍTICO OU ADESÃO IDEOLÓGICA?
Nem precisa ir muito longe para perceber do que se trata nessa jogada de marketing do imperialismo ocidental contra a Rússia.
É só observar quem esteve na linha de frente da defesa do grupo Pussy Riot: Oksana Chelysheva, membro do conselho do Foro Cívico Russo-Filandês e membro do comitê de direção da NED; a FIDH financiada pela Open Society do criminoso convicto George Soros; a Open Society; a Fundação Ford; a Front Line Defenders financiado por Sigrid Rausing Trust, e o Foro da Sociedade Civil UE-Rússia dirigido pelo Departamento de Estado dos EUA e afiliado a Anistia Internacional. TODOS ELES DIRIGIRAM A CAMPANHA DE APOIO AO TRIO DO “PUSSY RIOT”.
Além disso, a principal testemunha de defesa das meninas nem sequer esteve no evento. Trata-se de um documentado agente dos interesses e receptor de verbas do Fundo Nacional para a Democracia, Alexey Navalny , portanto um agente da subversão financiada pelos Estados Unidos.
E antes que coloquem o “carimbo” de stalinista em quem não se coloca ao lado do Departamento de Estado norte-americano em uma disputa em que um quer dominar, enquanto o outro luta para não ser dominado, é importante considerar que a Rússia e China ainda não são países imperialistas. Talvez um dia sejam. Aliás, o Brasil também poderá ser, no futuro. Mas não se faz análise sobre hipóteses e futurismo, se fosse assim seria melhor consultar uma cartomante em vez de dedicar horas de pesquisa sobre a literatura marxista.
A prisão de PUSSY RIOT ocupou um enorme espaço na imprensa burguesa que desenvolveu inúmeras campanhas de solidariedade , assim como nas mídias da esquerda festiva. Todos se mostraram consternados com tamanha brutalidade do regime de Putin. Aliás, muito mais consternados e revoltados do que com os presos palestinos que sofrem nas masmorras de Israel.
Deixando claro que estou sempre a favor de qualquer pessoa ou grupo que enfrente um governo burguês, me reservo o direito de desconfiar quando esse enfrentamento é apoiado pela CIA.
Se, por exemplo, um grupo de punks mascarados entrasse numa igreja para se apresentar num ritual macabro ou pornográfico, durante uma missa, para protestar contra o governo Dilma, certamente seriam , também, presos e acusados de vandalismo ,formação de quadrilha e atentado ao pudor. Mesmo sendo de oposição ao governo Dilma, neste caso eu não os apoiaria, pois sou contra a intolerância religiosa.
“Nosso anticapitalismo não é antieuropeu nem antiocidental . Nos consideramos parte do Ocidente, e somos parte da cultura europeia. As contradições da sociedade de consumo nos inquieta, mas não procuramos destruir a sociedade de consumo” – (declaração d e Pussy Riot em coletiva à imprensa
AMADORISMO POLÍTICO OU ADESÃO IDEOLÓGICA?
Nem precisa ir muito longe para perceber do que se trata nessa jogada de marketing do imperialismo ocidental contra a Rússia.
É só observar quem esteve na linha de frente da defesa do grupo Pussy Riot: Oksana Chelysheva, membro do conselho do Foro Cívico Russo-Filandês e membro do comitê de direção da NED; a FIDH financiada pela Open Society do criminoso convicto George Soros; a Open Society; a Fundação Ford; a Front Line Defenders financiado por Sigrid Rausing Trust, e o Foro da Sociedade Civil UE-Rússia dirigido pelo Departamento de Estado dos EUA e afiliado a Anistia Internacional. TODOS ELES DIRIGIRAM A CAMPANHA DE APOIO AO TRIO DO “PUSSY RIOT”.
Além disso, a principal testemunha de defesa das meninas nem sequer esteve no evento. Trata-se de um documentado agente dos interesses e receptor de verbas do Fundo Nacional para a Democracia, Alexey Navalny , portanto um agente da subversão financiada pelos Estados Unidos.
E antes que coloquem o “carimbo” de stalinista em quem não se coloca ao lado do Departamento de Estado norte-americano em uma disputa em que um quer dominar, enquanto o outro luta para não ser dominado, é importante considerar que a Rússia e China ainda não são países imperialistas. Talvez um dia sejam. Aliás, o Brasil também poderá ser, no futuro. Mas não se faz análise sobre hipóteses e futurismo, se fosse assim seria melhor consultar uma cartomante em vez de dedicar horas de pesquisa sobre a literatura marxista.
A prisão de PUSSY RIOT ocupou um enorme espaço na imprensa burguesa que desenvolveu inúmeras campanhas de solidariedade , assim como nas mídias da esquerda festiva. Todos se mostraram consternados com tamanha brutalidade do regime de Putin. Aliás, muito mais consternados e revoltados do que com os presos palestinos que sofrem nas masmorras de Israel.
Deixando claro que estou sempre a favor de qualquer pessoa ou grupo que enfrente um governo burguês, me reservo o direito de desconfiar quando esse enfrentamento é apoiado pela CIA.
Se, por exemplo, um grupo de punks mascarados entrasse numa igreja para se apresentar num ritual macabro ou pornográfico, durante uma missa, para protestar contra o governo Dilma, certamente seriam , também, presos e acusados de vandalismo ,formação de quadrilha e atentado ao pudor. Mesmo sendo de oposição ao governo Dilma, neste caso eu não os apoiaria, pois sou contra a intolerância religiosa.
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