sexta-feira, 24 de maio de 2013

Haddad persegue camelôs em São Paulo


Nestas últimas semanas trabalhadores ambulantes tem sofrido alta perseguição e repressão por parte da guarda civil metropolitana de São Paulo. A guarda, sob administração da gestão Haddad, tem feito constantes apreensões de materiais de artesãos, artistas de rua, livreiros e, sobretudo, vendedores de dvd`s que circulam e que tem pontos irregulares de venda na região central da cidade.
Na frente do cinema Espaço Itaú, por exemplo, na rua Augusta, perto da movimentada avenida Paulista, vendedores de dvd`s piratas e outros ambulantes tem sofrido sistemáticas abordagens da GCM paulistana, que vez ou outra apreende materiais, e, efetivamente, proíbe o trabalho dos camelôs que há anos permaneciam no local.
Acontece que ali os camelos costumavam vender dvd`s piratas de filmes em cartaz no cinema, o que deve diminuir bastante o rendimento do cinema. A entrada custa R$20, e os ambulantes costumavam vender o dvd por um preço que variava de R$5 a R$10. Evidente que, com o preço da sessão de cinema assim tão caro, boa parte da clientela fique para o sujeito que oferece o produto gravado em dvd por um preço muito mais em conta.
Mas o Itaú figura entre os bancos que destinam vultosas quantias para as campanhas eleitorais do PT, o que lhe rende prioridade política com a administração Haddad, que prontamente disponibiliza sua guarda civil para eliminar a concorrência dos trabalhadores que, por falta de trabalho regular, negociam dvd`s piratas em sua porta. Evidente que os ambulantes não estariam se sujeitando ao perigo de apanhar e fugir da fiscalização caso tivessem empregos formais.
O PT, por sua vez, só é dos trabalhadores no nome e na hora da eleição, quando faz demagogia para lhes arrancar votos. Uma vez eleito, o PT gerencia a máquina do estado a favor da burguesia e com tanta repressão como os tradicionais partidos da direita.
A TR reivindica o direito ao trabalho para os camelôs e vendedores ambulantes. Na ausência de postos de trabalho no mercado formal, é legitimo que esses trabalhadores busquem alternativas informais para ganharem o pão de cada dia. O direito ao trabalho não lhes pode ser negado. Se o governo não arca com uma política de pleno emprego, então que não os reprima mais como se fossem criminosos.



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