Tanto Marx, como Engerl, Lênin, Trotsky e demais destacados
marxistas revolucionários defenderam o fim do Estado burguês com sua paulatina
substituição pelo Estado Operário e posterior definhamento deste Estado para o surgimento do Comunismo que, pela inexistência
de conflitos de classe, não necessitaria de um Estado no sentido definido por Marx que significa uma ditadura de classe.
Os Anarquistas defendem o fim puro e simples do Estado burguês
sem nenhuma intermediação (Socialismo) para que surja uma sociedade livre.
Estranhamente, algumas organizações trotskistas estão
saudado o esfacelamento do Estado burguês da Líbia, sem a substituição de um
Estado Operário, como vitória "inquestionável” da classe trabalhadora, e quem
não tem a mesma e “competente” análise “principista” passa a ser imediatamente tachado de estalinista, chavista, castrista
etc etc.
Recordando o que aconteceu na Somália
Houve um tempo em que a Somália tinha uma economia diversificada que superava
a de muitos países africanos, segundo avaliação da ONU. Em 1974 , o governo
somali fundou a União Africana e começou a apoiar o ANC (Congresso Nacional
Africano) na África do Sul contra o regime do apartheid,e, também, os separatistas eritreus na Etiópia durante a
Guerra de Independência da Eritreia.
A Somália Britânica ganhou independência como Estado da Somalilândia em 26 de junho de
1960. Dias depois, um referendo aprovou a unificação com a Somália Italiana,
dando origem a República da Somália em 1 de julho de 1960.
A Liga de Juventude Somali se manteve no poder durante os
anos 60, tendo como presidente Abdi Rashid Shermake, que foi assassinado em 1969. Por meio de um golpe de Estado, chegou ao poder Siad Barre que eliminou a livre iniciativa, instituindo uma economia planificada adaptada às especificidades da Somália.
Nesta época, a Somália teve estreitas relações com a
União Soviética. Em 1974, Somália e União Soviética assinaram um tratado, que
previa aos soviéticos uma base militar no país africano. Mas o acordo foi
rompido após três anos, entre intrigas que envolviam a vizinha Etiópia, rival
somali, em uma guerra entre ambos, onde a Somália se voltou para o Ocidente.
Com o país sofrendo pelos conflitos internos, o governo
central desapareceu após a queda do regime pró-soviético de Siad Barre, em
1991. Os "senhores da guerra" tomaram conta do país esfacelado. Desde
então, a Somália vive em guerra civil intermitente que já matou dezenas de milhares de somalis, além
de uma tremenda crise humanitária que devastou a população pela fome.
Na Somália, não existe mais unidade nacional, e o país
fragmentou-se em regiões. Ante esta péssima situação econômica, surgiu uma
oposição armada no norte do país em 1987. Em 1990, este grupo adquiriu o
controle de grande parte do território, dissolvendo-se de fato o Estado somali.
Estarão os somalis, atualmente, mais próximos de uma
revolução socialista, ajudados pela fragmentação do Estado burguês? Qual seria
a ordem dos “iluminados” para a classe trabalhadora somali?
Por Beth Monteiro
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