por Beth Monteiro
A classe trabalhadora e classe média dos Estados Unidos são as maiores e mais combativas do mundo. Talvez percam em termos numéricos para as da China, mas em padrão de vida (ou de consumo) são muito mais poderosas. Os trabalhadores da Rússia, China, Índia, Brasil etc, jamais experimentaram padrão de abundância e riqueza sequer semelhante a dos EUA.
A classe trabalhadora e classe média dos Estados Unidos são as maiores e mais combativas do mundo. Talvez percam em termos numéricos para as da China, mas em padrão de vida (ou de consumo) são muito mais poderosas. Os trabalhadores da Rússia, China, Índia, Brasil etc, jamais experimentaram padrão de abundância e riqueza sequer semelhante a dos EUA.
Com a exploração dos
trabalhadores e o saque das riquezas
dos países dominados, os EUA, com a
ajuda da União Europeia, conseguiram
manter sua própria classe trabalhadora controlada,
graças a este excelente padrão de vida. Por isso, eles
entenderam as guerras implementadas pelos EUA como uma forma
de impor “democracia”, “Direitos
Humanos”, “prosperidade” , e não como
necessidade econômica para continuarem a manter seu alto padrão de consumo e os
lucros de sua burguesia.
Com a crise do capitalismo, os trabalhadores e a pequena
burguesia dos EUA estão apenas começando a sentir na pele o sofrimento que os trabalhadores dos países periféricos sentem há muitos anos.
O governo dos EUA sabe que se arrochar mais, haverá uma
explosão social incontrolável, ainda mais com uma população armada. A
constituição dos EUA prevê o direito de
autodefesa porque, nos bons tempos, os legisladores acharam que, em caso de necessidade, o povo iria
defender seu país com armas na mão e, principalmente,
visavam a lucratividade da indústria armamentista. E agora essa luta para desarmar a
população...
O governo e a
burguesia norte-americanos estão desesperados, tentando, diante da crise
terminal do capitalismo, impedir uma revolta popular interna, ao mesmo tempo em
que tentam de forma dramática aumentar o
saque das riquezas e a exploração dos trabalhadores de países semicoloniais.
O grande problema é que o governo dos EUA perdeu o
apoio popular para suas guerras por “Direitos Humanos” e “Democracia”,
porque seu povo começou a observar que
suas ”boas” intenções implicam em gastos que acabam por prejudicá-los internamente
e que “benevolência” tem limites.
A burguesia estadunidense e sua cúmplice, União Europeia, não podem simplesmente dizer para seus
trabalhadores que precisam matar milhões
de pessoas pelo mundo afora para garantir seu padrão de vida, manter seus empregos etc. Eles, com certeza, não
aceitariam.
Beth Monteiro
Engana-se quem pensa que a maioria da população dos Estados
Unidos é desumana e que
pouco se importa com o sofrimento dos
povos dos países pobres. Eles foram convencidos de que seu governo fazia a guerra para impor o mesmo
paraíso em que viviam a outros países, e por isso apoiavam, como também
foram convencidos de que injustamente foram atacados pelo terrorismo nos
eventos do 11 de setembro , e
por isso, apoiaram, no início, a guerra contra o Afeganistão, mas foram capazes
de saírem aos milhões nas ruas para tentarem barrar a guerra contra o Iraque. A
maioria não sabe dos golpes e tramoias em
vários países e acreditavam que a vida do russos, chineses, cubanos, iugoslavos
etc , na época da Guerra-Fria, fosse um
inferno ao serem submetidos a terríveis ditaduras (o que não
deixa de ser verdade) e que precisavam ser libertados pelo seu “heroico” país.
Como não podem mais
iludir tanto o seu próprio povo e muito menos manter o seu alto padrão de vida, os EUA/UE
começaram a meter os pés pelas mãos, numa tentativa desesperada de garantir os
lucros de sua burguesia e ao mesmo tempo aplastar as revoltas populares,
atacando todos que tentam cruzar seu
caminho ou atrapalhar seus planos para
uma sobrevida.
Arrisco dizer que, diante desta situação desesperadora
de crise de superprodução e queda
drástica das taxas de lucro, a sobrevivência da Humanidade está nas mãos dos
trabalhadores dos Estados Unidos.
A esquerda marxista revolucionária dos Estados Unidos (
sim, ela existe)
precisa se colocar à frente das greves, mobilizações e rebeliões, que já começam a acontecer, para reverter este dramático curso da História que pode levar a Humanidade para o abismo da barbárie.
precisa se colocar à frente das greves, mobilizações e rebeliões, que já começam a acontecer, para reverter este dramático curso da História que pode levar a Humanidade para o abismo da barbárie.
Uma nova pesquisa mostra que a maioria dos americanos não acha que os EUA devem intervir na Rússia devido a recente anexação da Crimeia.
ResponderExcluirA pesquisa da CBS constatou que 61 por cento dos entrevistados disseram que os EUA não têm a responsabilidade de se envolver na disputa entre Rússia e Ucrânia.
(New York Time de 25/01/2014)