segunda-feira, 22 de abril de 2013

                                     REAFIRMAR O PSOL DE LUTAS

A esquerda revolucionária dentro do Psol faz questão de chamar atenção da executiva do partido e, sobretudo, de sua militância, para o fato de que continuará combatendo qualquer sinal de peleguismo, centrismo ou revisionismo dentro do partido.
Acreditamos veementemente que o Psol é o partido da unidade da esquerda no Brasil, partido amplo e democrático que é, mas nos negamos peremptoriamente a aceitar politiqueiros viciados em suas fileiras, como é o caso de Randolfe e Clécio no Amapá, e Edmilson no Pará.
A TR inclusive já afirmou que irá pedir formalmente a expulsão imediata dos traidores Randolfe e Clécio. E pediremos retratação formal de Edmilson.
Foi extremamente abusivo da parte de Randolfe apoiar um candidato do PTB, partido direitista que é, ainda mais sem passar por resolução da executiva nacional do partido, como é de praxe nas alianças eleitorais fora do eixo da frente de esquerda (PSTU-PCB). Da mesma forma que é absurdo Clécio ter aceito apoio do DEM em sua campanha de segundo turno, também ser ter passado por deliberação interna do partido.
Edmilson, em Belém do Pará, pra tentar vencer o segundo turno se alinhou com o PT e teve inserções de Lula e Dilma em seu programa de tv, fazendo alusão de que governaria com o apoio do governo federal, governo este que foi a mola propulsora do racha com o PT e da criação do Psol, quando da expulsão dos ''radicais'' na votação da Reforma Previdenciária.
Se alinhar com figuras notadamente direitistas ou fechar com a frente popular pra ganhar apoio e conquistar prefeituras é postura de pelego, de gente que abre mão de princípios programáticos e ideológicos pra chegar no poder.
Mas quando chegarem no poder, ou na gestão da prefeitura, como é o caso de Clécio, a conta será cobrada. A direita exigirá cargos benesses. Isso é óbvio. Não é por bondade ou camaradagem que figuras direitistas se aproximam da esquerda.
Mais grave ainda foi Clécio ter dado declarações de que o partido deve rever a postura de não aceitar financiamento de campanha de bancos, empreiteiras e multinacionais, ligações que são proibidas por estatuto no Psol. Aliás, este estatuto, ao invés de ser flexibilizado como quer Clécio e outros politiqueiros, tem que ser revisto e aperfeiçoado para não garantir brechas que permitam acordos com outras ramificações da burguesia. O partido socialista deve ser independente financeiramente, deve continuar a ser financiado pela militância e pela classe trabalhadora. Só assim o partido continuará autônomo pra bater de frente com os poderosos em defesa do proletariado e dos oprimidos.
Se elementos pelegos, como os citados acima permanecerem no partido, corremos o risco de nos tornar um novo PT a médio e longo prazo. A história do PT é uma mostra dessa degeneração.
Diante desses fatos a presidência do partido, na mão de Ivan Valente e APS, vacilou em blindar os traidores da comissão de ética do partido e ter encoberto as alianças no período eleitoral, declarando que iria deixar as coisas correrem pra depois das urnas fazer o balanço político.
Se Ivan e APS estão na presidência do partido, é porque a militância os confiou de defenderem nossa linha política. Se eles abrem mão de defenderem a linha política do partido pra defenderem camaradas de corrente, então estão na contramão dos interesses mais legítimos da militância e do partido.
A base do partido já julgou os traidores de Macapá, já está com o pé atrás com gente como Edmilson. Eles não passarão. Já estão queimados politicamente.
A esquerda do partido se unirá e os fará sair caso não sejam expulsos. A vida deles dentro do partido ficará impossível. E a esquerda lutará por hegemonia dentro do partido, pra defendê-lo de elementos oportunistas.
Viva o Psol de Lutas!
Viva o socialismo!

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