REAFIRMAR O PSOL DE LUTAS
A esquerda revolucionária dentro do Psol faz questão de chamar atenção
da executiva do partido e, sobretudo, de sua militância, para o fato de
que continuará combatendo qualquer sinal de peleguismo, centrismo ou
revisionismo dentro do partido.
Acreditamos veementemente que o Psol
é o partido da unidade da esquerda no Brasil, partido amplo e
democrático que é, mas nos negamos peremptoriamente a aceitar
politiqueiros viciados em suas fileiras, como é o caso de Randolfe e
Clécio no Amapá, e Edmilson no Pará.
A TR inclusive já afirmou que
irá pedir formalmente a expulsão imediata dos traidores Randolfe e
Clécio. E pediremos retratação formal de Edmilson.
Foi extremamente
abusivo da parte de Randolfe apoiar um candidato do PTB, partido
direitista que é, ainda mais sem passar por resolução da executiva
nacional do partido, como é de praxe nas alianças eleitorais fora do
eixo da frente de esquerda (PSTU-PCB). Da mesma forma que é absurdo
Clécio ter aceito apoio do DEM em sua campanha de segundo turno, também
ser ter passado por deliberação interna do partido.
Edmilson, em
Belém do Pará, pra tentar vencer o segundo turno se alinhou com o PT e
teve inserções de Lula e Dilma em seu programa de tv, fazendo alusão de
que governaria com o apoio do governo federal, governo este que foi a
mola propulsora do racha com o PT e da criação do Psol, quando da
expulsão dos ''radicais'' na votação da Reforma Previdenciária.
Se
alinhar com figuras notadamente direitistas ou fechar com a frente
popular pra ganhar apoio e conquistar prefeituras é postura de pelego,
de gente que abre mão de princípios programáticos e ideológicos pra
chegar no poder.
Mas quando chegarem no poder, ou na gestão da
prefeitura, como é o caso de Clécio, a conta será cobrada. A direita
exigirá cargos benesses. Isso é óbvio. Não é por bondade ou camaradagem
que figuras direitistas se aproximam da esquerda.
Mais grave ainda
foi Clécio ter dado declarações de que o partido deve rever a postura de
não aceitar financiamento de campanha de bancos, empreiteiras e
multinacionais, ligações que são proibidas por estatuto no Psol. Aliás,
este estatuto, ao invés de ser flexibilizado como quer Clécio e outros
politiqueiros, tem que ser revisto e aperfeiçoado para não garantir
brechas que permitam acordos com outras ramificações da burguesia. O
partido socialista deve ser independente financeiramente, deve continuar
a ser financiado pela militância e pela classe trabalhadora. Só assim o
partido continuará autônomo pra bater de frente com os poderosos em
defesa do proletariado e dos oprimidos.
Se elementos pelegos, como
os citados acima permanecerem no partido, corremos o risco de nos tornar
um novo PT a médio e longo prazo. A história do PT é uma mostra dessa
degeneração.
Diante desses fatos a presidência do partido, na mão de
Ivan Valente e APS, vacilou em blindar os traidores da comissão de
ética do partido e ter encoberto as alianças no período eleitoral,
declarando que iria deixar as coisas correrem pra depois das urnas fazer
o balanço político.
Se Ivan e APS estão na presidência do partido, é
porque a militância os confiou de defenderem nossa linha política. Se
eles abrem mão de defenderem a linha política do partido pra defenderem
camaradas de corrente, então estão na contramão dos interesses mais
legítimos da militância e do partido.
A base do partido já julgou os
traidores de Macapá, já está com o pé atrás com gente como Edmilson.
Eles não passarão. Já estão queimados politicamente.
A esquerda do
partido se unirá e os fará sair caso não sejam expulsos. A vida deles
dentro do partido ficará impossível. E a esquerda lutará por hegemonia
dentro do partido, pra defendê-lo de elementos oportunistas.
Viva o Psol de Lutas!
Viva o socialismo!
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