TR – PSOL Tendência Revolucionaria / corrente interna do PSOL
TR – PSOL
Tendência Revolucionaria / corrente interna do PSOL
A intenção dessa nova corrente política que propomos é aplicar as
linhas gerais do programa de transição trotsquista, haja visto que
nenhuma corrente política no Brasil o leva a termo dentro de um partido
de massas, inserido num contexto de luta efetiva da classe trabalhadora.
O morenismo centrista e revisionista de partidos como o PSTU, por
exemplo, e o maximalismo sectário de partidos nanicos como o POR e o
PCO, num outro extremo do debate, se afastam tanto do programa quanto da
aplicação num plano pratico, com vistas a ganhar hegemonia política
entre as massas e viabilizar a transição pensada por Trotsky nos marcos
da quarta internacional.
Muitas correntes dentro do Psol tem perdido
isso de vista. Muitas, na verdade, reivindicam um programa democrático
popular. Do nosso ponto de vista, essa linha política segue uma lógica
estanque, posto que traduz uma interpretação etapista da revolução
brasileira.
Todavia, afirmamos que temos unidade no que tange a
finalidade do socialismo e formamos um partido amplo e democrático, que
aloca, não só esses companheiros, mas muitos outros que seguem
diversificadas teorias e metodologias, sem no entanto, deixar de aspirar
ao socialismo em um partido que se pretende de massas.
Dizemos que
se pretende de massas porque apesar de termos todo esse potencial,
ramificado em diferentes correntes e pensamentos, é fato que o Psol
ainda não aglutinou as massas trabalhadoras, senão setores de categorias
mais avançadas do funcionalismo público, professores e demais
companheiros intelectuais e militantes do movimento estudantil,
basicamente.
Sendo assim, conclamamos os companheiros trotsquistas
do Psol, ou próximos do partido, a aderir a essa nova corrente, que por
sua vez deverá se constituir como fração bolchevizada, primando pela
formação de quadros revolucionários decididos a aplicar uma plataforma
de lutas embasada no programa da quarta internacional.
Nossas bandeiras principais, portanto, são as seguintes:
Escala móvel de horas de trabalho. Remanejamento do horário dos
trabalhadores com diminuição considerável da jornada de trabalho e
contratação dos trabalhadores em situação de desemprego. Por um máximo
de 30 horas semanais. Trabalho para todos!
Escala móvel de
horas de trabalho. Que o salário mínimo seja imediatamente elevado para o
valor do mínimo do DIEESE. Temos restrições aos métodos de pesquisa de
institutos ligados a burguesia ou a burocracia sindical pelega ligada
aos partidos de frente popular, mas o mínimo do DIEESE já é inicialmente
suficiente para apontar as contradições do sistema capitalista, como a
mais valia da patronal e o sucateamento e arrocho salarial no
funcionalismo público. Salário digno para todos!
Plano de obras
públicas. Construção imediata de aparelhos públicos, como creches,
escolas, universidades, postos de saúde, hospitais, parques. E
construção de casas populares para acabar com o déficit habitacional e a
especulação imobiliária. Tudo sob gestão dos trabalhadores!
Dissolução do exercito e das policias. Por um plano de segurança pública
civil, feito pela população armada. Pelo fim da repressão aos
trabalhadores!
Nas ruas e nas lutas do povo
Construindo a revolução!
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