Salário mínimo digno já!
por Mário Medina
Nessa última semana a presidência da república anunciou
entusiasticamente, e com uma tremenda cara de pau, o aumento do valor do
salário mínimo em R$ 56. Sendo assim, o salário salta dos miseráveis R$
622 para os risíveis R$ 678. Na conta do governo essa quantia
insignificante aparece como uma coisa muita positiva, pois, como o
governo afirma, o índice inflacionário é coberto e ainda entra na
quantia um valor referente ao crescimento do país no período.
O
que os representantes da burguesia no governo não comentam e a mídia
burguesa também encoberta é que segundo estimativa do DIEESE, o salário
mínimo deveria aumentar em R$ 2.000. As pesquisas do instituto
supra-citado apontam que o valor do mínimo deveria girar em torno de R$
2.600, para assim satisfazer as necessidades do trabalhador brasileiro,
como reza a constituição de 1988, que diga-se de passagem, nunca saiu do
papel.
O salário mínimo deve ser de um valor que permita ao
trabalhador ter as condições necessárias para pagar aluguel, se
alimentar, se locomover, se vestir, ter acesso ao lazer e à cultura e
por ai vai.
Mas o que se vê no país é uma situação desgracada
em que metade dos trabalhadores ganham até um salário mínimo, o que os
força a viver numa situação de carência permanente, a ter que ver a
família toda trabalhando para manter uma vida minimamente digna.
O que acontece é que do outro extremo da realidade os patrões continuam
sedentos de lucros cada vez maiores e o governo destina suas forças e o
recurso dos tributos para a farra dos lucros da burguesia, seja
descontando impostos da folha de pagamento das empresas, abdicando de
vultosas quantias no erário público, seja revertendo cerca de metade do
orçamento anual para o pagamento da divida pública, que beneficia meia
dúzia de rentistas e especuladores financeiros que vivem de brisa.
Ao trabalhador brasileiro, aquele que constrói o país com o suor de seu
rosto, que passa o dia inteiro trabalhando ou se locomovendo de casa ao
local do trabalho e vice-versa, o que resta é um salário de fome,
condições precaríssimas de saúde, transporte e tudo o que deveria ter
resguardado por direito.
A Tendência Revolucionária, corrente
interna do Partido Socialismo e Liberdade, exige o aumento imediato do
salário mínimo para um valor que não seja menor que R$ 2,600. A
Tendência Revolucionária exige também a imediata redução da jornada de
trabalho para um mínimo de 30 horas semanais, realocando, desse modo, os
trabalhadores desempregados em seus postos de trabalho.
É
necessário que todos trabalhem menos para que todos trabalhem! É
necessário que as pessoas trabalhem menos para disporem de tempo ocioso
para outras atividades, como estudo, cultura, lazer, a companhia da
família, etc.
É necessário mais do que nunca transitar desse
sistema viciado e desumano para uma realidade de qualidade de vida dos
trabalhadores e seus filhos. As atuais condições de trabalho são uma
espoliação sem medida da força de trabalho, uma semi-escravidão
praticamente. Se os patrões querem contar com o trabalho das pessoas,
que arquem com as condições mínimas para que essas pessoas possam se
manter para continuar a trabalhar.
-Por um salário mínimo de R$ 2.600!
-Por uma jornada de trabalho de no máximo 30 horas semanais!
Viva a classe trabalhadora! Viva o socialismo!
TR- Psol
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