segunda-feira, 22 de abril de 2013

                                             Salário mínimo digno já!

                                                                     por Mário Medina


Nessa última semana a presidência da república anunciou entusiasticamente, e com uma tremenda cara de pau, o aumento do valor do salário mínimo em R$ 56. Sendo assim, o salário salta dos miseráveis R$ 622 para os risíveis R$ 678. Na conta do governo essa quantia insignificante aparece como uma coisa muita positiva, pois, como o governo afirma, o índice inflacionário é coberto e ainda entra na quantia um valor referente ao crescimento do país no período.

O que os representantes da burguesia no governo não comentam e a mídia burguesa também encoberta é que segundo estimativa do DIEESE, o salário mínimo deveria aumentar em R$ 2.000. As pesquisas do instituto supra-citado apontam que o valor do mínimo deveria girar em torno de R$ 2.600, para assim satisfazer as necessidades do trabalhador brasileiro, como reza a constituição de 1988, que diga-se de passagem, nunca saiu do papel.

O salário mínimo deve ser de um valor que permita ao trabalhador ter as condições necessárias para pagar aluguel, se alimentar, se locomover, se vestir, ter acesso ao lazer e à cultura e por ai vai.

Mas o que se vê no país é uma situação desgracada em que metade dos trabalhadores ganham até um salário mínimo, o que os força a viver numa situação de carência permanente, a ter que ver a família toda trabalhando para manter uma vida minimamente digna.

O que acontece é que do outro extremo da realidade os patrões continuam sedentos de lucros cada vez maiores e o governo destina suas forças e o recurso dos tributos para a farra dos lucros da burguesia, seja descontando impostos da folha de pagamento das empresas, abdicando de vultosas quantias no erário público, seja revertendo cerca de metade do orçamento anual para o pagamento da divida pública, que beneficia meia dúzia de rentistas e especuladores financeiros que vivem de brisa.

Ao trabalhador brasileiro, aquele que constrói o país com o suor de seu rosto, que passa o dia inteiro trabalhando ou se locomovendo de casa ao local do trabalho e vice-versa, o que resta é um salário de fome, condições precaríssimas de saúde, transporte e tudo o que deveria ter resguardado por direito.

A Tendência Revolucionária, corrente interna do Partido Socialismo e Liberdade, exige o aumento imediato do salário mínimo para um valor que não seja menor que R$ 2,600. A Tendência Revolucionária exige também a imediata redução da jornada de trabalho para um mínimo de 30 horas semanais, realocando, desse modo, os trabalhadores desempregados em seus postos de trabalho.

É necessário que todos trabalhem menos para que todos trabalhem! É necessário que as pessoas trabalhem menos para disporem de tempo ocioso para outras atividades, como estudo, cultura, lazer, a companhia da família, etc.

É necessário mais do que nunca transitar desse sistema viciado e desumano para uma realidade de qualidade de vida dos trabalhadores e seus filhos. As atuais condições de trabalho são uma espoliação sem medida da força de trabalho, uma semi-escravidão praticamente. Se os patrões querem contar com o trabalho das pessoas, que arquem com as condições mínimas para que essas pessoas possam se manter para continuar a trabalhar.

-Por um salário mínimo de R$ 2.600!

-Por uma jornada de trabalho de no máximo 30 horas semanais!

Viva a classe trabalhadora! Viva o socialismo!

TR- Psol

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