domingo, 4 de maio de 2014

2 DE MAIO DE 2014 EM ODESSA: O DIA QUE VIVERÁ NA INFÂMIA

Moradores de Odessa levam flores na entrada do prédio
 onde morreram dezenas de ativistas pró-russos

Nazifascistas da Ucrânia, apoiados pelos  Estados Unidos e União Europeia, sitiaram  um prédio de sindicatos e colocaram fogo , queimando militantes  vivos que lutavam contra a política do FMI imposta pelo acordo com a União Europeia, e  se divertiram com o fato nas redes sociais.

E pensar que  há  73 anos, os EUA entraram na  Segunda Guerra Mundial, aliando-se à ex União Soviética , China, Grã-Bretanha e outros países, que lutavam contra o expansionismo de Hitler, para ajudá-los a combater o nazismo; e que o então presidente dos EUA,  Roosevelt, nomeou o ataque  do Japão à base naval americana, em Pearl Harbour, no Havaí, em 1941, como  “dia que viverá na infâmia”.

E O QUE ELES ESTÃO FAZENDO, AGORA, NA UCRÂNIA É O QUÊ? Talvez algo que supere  a nossa capacidade de assimilar até que ponto o imperialismo  dos EUA e aliados pode chegar, para impor sua agenda de dominação total do mundo. E se para isso usam os mesmo métodos  de Hitler, então qual é a  diferença entre o imperialismo “democrático”, tão  embelezado pela esquerda sem noção, e o nazifascismo de Hitler?

Dirão os mais afoitos defensores do imperialismo “democrático”  que devemos, em primeiro lugar, apoiar os que lutam  contra o imperialismo “ditatorial”  da Rússia, que a luta dos trabalhadores não é  contra o fascismo, mas contra o imperialismo russo que está oprimindo os povos de todo o mundo, impondo planos de arrocho, desemprego e miséria  na Ucrânia e em outros países, e que tem desencadeado guerras   que já mataram mais de 1 milhão de pessoas nas últimas  duas décadas, quando  qualquer estudante da sexta série do ensino fundamental sabe que quem faz isso são os Estados Unidos.

Pior ainda: quando não têm mais como negar que  são os nazis seguidores de Stefan Banderas, o carrasco nazista  que assassinou com requintes de crueldade milhares de ucranianos, nos anos de 1940, que estão dando as cartas na Ucrânia, que ocupam postos chaves da área da  segurança e no governo golpista de Kiev,  continuarão a dizer que não é nada disso e que o Svodoba (partido nazifascista  ucraniano) já fez autocrítica e não  quer mais perseguir judeus.Não convencem nem as crianças da sexta série, mas conseguem convencer suas bases que parecem hipnotizadas e passaram a ver o mundo ao contrário, embarcado na estranha realidade criada pelos seus dirigentes.

Para os trabalhadores, principalmente o operariado da Ucrânia, que vivem  no Sul e no Leste do país, onde estão as principais bases econômicas do país com suas fábricas e lavouras, o que está em jogo é  a resistência aos  planos  de ajustes draconianos do FMI que prevê a demissão de milhares de funcionários público, o reajuste de mais de 50%  nos preços da energia, o sucateamento da indústria do país, a redução salarial e o desemprego em massa. Eles lutam para não se tornarem escravos da União Europeia que está de olho na mão de obra barata e  especializada da Ucrânia para manter seus lucros e, por tabela, atacar ainda mais os direitos e conquistas dos trabalhadores dos países da União Europeia. Além disso, há o interesse geopolítico dos Estados Unidos que  joga sujo para implantar suas bases militares nas fronteiras da Rússia para ameaçar, chantagear e escravizar aquele país.

No Brasil, vivemos sob  um  governo de entreguistas, covardes e submissos,  com grande parte da população transformada em escravos do império norte-americano  e sem praticamente nenhum direito de reclamar. Qualquer derrota na agenda demoníaca de dominação do imperialismo, seja na Ucrânia ou na Grécia, é uma vitória para nós, trabalhadores brasileiros e de todo o mundo. É isso que devemos ter em mente para determinar de  que lado devemos ficar neste enfrentamento:do nosso lado, claro.


Beth Monteiro

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