Moradores de Odessa levam flores na entrada do prédio onde morreram dezenas de ativistas pró-russos |
Nazifascistas
da Ucrânia, apoiados pelos Estados
Unidos e União Europeia, sitiaram um
prédio de sindicatos e colocaram fogo , queimando militantes vivos que lutavam contra a política do FMI
imposta pelo acordo com a União Europeia, e
se divertiram com o fato nas redes sociais.
E pensar que há 73 anos, os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial, aliando-se à ex União
Soviética , China, Grã-Bretanha e outros países, que lutavam contra o
expansionismo de Hitler, para ajudá-los
a combater o nazismo; e que o então presidente dos EUA, Roosevelt, nomeou o ataque do Japão à base naval americana, em Pearl
Harbour, no Havaí, em 1941, como “dia
que viverá na infâmia”.
E O QUE ELES ESTÃO FAZENDO, AGORA, NA UCRÂNIA É O QUÊ? Talvez
algo que supere a nossa capacidade de
assimilar até que ponto o imperialismo
dos EUA e aliados pode chegar, para impor sua agenda de dominação total
do mundo. E se para isso usam os mesmo métodos
de Hitler, então qual é a
diferença entre o imperialismo “democrático”, tão embelezado pela esquerda sem noção, e o
nazifascismo de Hitler?
Dirão os mais afoitos defensores do imperialismo “democrático” que devemos, em primeiro lugar, apoiar os que
lutam contra o imperialismo “ditatorial”
da Rússia, que a luta dos trabalhadores
não é contra o fascismo, mas contra o
imperialismo russo que está oprimindo os povos de todo o mundo, impondo planos
de arrocho, desemprego e miséria na
Ucrânia e em outros países, e que tem desencadeado guerras que já mataram mais de 1 milhão de pessoas
nas últimas duas décadas, quando qualquer estudante da sexta série do ensino
fundamental sabe que quem faz isso são os Estados Unidos.
Pior ainda: quando não têm mais como negar que são os nazis seguidores de Stefan Banderas, o
carrasco nazista que assassinou com
requintes de crueldade milhares de ucranianos, nos anos de 1940, que estão
dando as cartas na Ucrânia, que ocupam postos chaves da área da segurança e no governo golpista de Kiev, continuarão a dizer que não é nada disso e
que o Svodoba (partido nazifascista
ucraniano) já fez autocrítica e não
quer mais perseguir judeus.Não convencem nem as crianças da sexta série, mas conseguem
convencer suas bases que parecem hipnotizadas e passaram a ver o mundo ao
contrário, embarcado na estranha realidade criada pelos seus dirigentes.
Para os trabalhadores, principalmente o operariado da Ucrânia,
que vivem no Sul e no Leste do país,
onde estão as principais bases econômicas do país com suas fábricas e lavouras,
o que está em jogo é a resistência aos planos
de ajustes draconianos do FMI que prevê a demissão de milhares de
funcionários público, o reajuste de mais de 50%
nos preços da energia, o sucateamento da indústria do país, a redução
salarial e o desemprego em massa. Eles lutam para não se tornarem escravos da
União Europeia que está de olho na mão de obra barata e especializada da Ucrânia para manter seus
lucros e, por tabela, atacar ainda mais os direitos e conquistas dos
trabalhadores dos países da União Europeia. Além disso, há o interesse
geopolítico dos Estados Unidos que joga
sujo para implantar suas bases militares nas fronteiras da Rússia para ameaçar,
chantagear e escravizar aquele país.
No Brasil, vivemos sob
um governo de entreguistas,
covardes e submissos, com grande parte
da população transformada em escravos do império norte-americano e sem praticamente nenhum direito de reclamar.
Qualquer derrota na agenda demoníaca de dominação do imperialismo, seja na
Ucrânia ou na Grécia, é uma vitória para nós, trabalhadores brasileiros e de
todo o mundo. É isso que devemos ter em mente para determinar de que lado devemos ficar neste enfrentamento:do nosso lado, claro.
Beth Monteiro
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