sexta-feira, 16 de maio de 2014

Poder para o povo!


                                                                                                  por Mário Medina

Nesta última quinta-feira, dia 15 de Maio, o Brasil foi tomado por manifestações e greves de diversas categorias. Trabalhadores, estudantes, sem-tetos e outros movimentos populares tomaram as ruas para reivindicar aumentos salariais e direitos, saúde, educação e moradia.
Ás vésperas da copa do mundo, diante do superfaturamento dos estádios, do colapso dos serviços públicos, das perdas salariais frente a inflação, do déficit habitacional e da especulação imobiliária, o povo retoma o espírito das jornadas de Junho e promete mais uma vez protagonizar uma onda de mobilizações de proporções nunca vistas.
O governo e o PT estão perdendo o controle das massas. Não há medidas de bondade que Dilma possa lançar mão para blindar o povo da revolta e assim livrar as ruas das grandes manifestações que estão a ponto de estourar outra vez.
A classe trabalhadora está cansada de tanto esperar, está perdendo o resto de confiança que tinha nos petistas. Os trabalhadores querem o novo, e lutarão por isso, ainda que não tenham clareza do que esse novo significa.
O papel da esquerda revolucionária é primordial para guinar as massas à esquerda e apontar para o rompimento com as ilusões constitucionalistas e eleitorais, para dirigir os trabalhadores na luta pelo poder e pelo socialismo.
As mobilizações de Junho passado não foram adiante nas tarefas revolucionárias justamente por carecerem de uma liderança, porque os grandes aparatos, as centrais sindicais, o MST e outros movimentos sociais de envergadura estão atrelados ao PT; abdicaram da luta e do papel revolucionário de outrora.
Na ausência da esquerda, a direita oportunista se revela, tenta tomar a frente e pinta a justa indignação social de um verde-amarelismo ufanista e infantil. É preciso derrubar esse governo entreguista, mas também é preciso varrer os fascistoides das ruas, acabar com as esperanças da tucanada. É preciso empunhar a bandeira vermelha da revolução social, mostrar que só a esquerda revolucionária tem uma saída à altura do que o Brasil necessita.
O momento é de luta acirrada com os poderosos, e, portanto, de unidade ferrenha da esquerda, dos partidos realmente progressistas e revolucionários, das centrais e dos sindicatos de luta, dos aparatos que não estão nas mãos da pelegada e da patronal.
O momento é de tomar as ruas e exigir a saída dos politiqueiros de plantão, com uma greve geral que sacuda esse país e acabe com a farra das empreiteiras e do governo, dos banqueiros e dos especuladores. O momento é de tamanha mobilização que o país pare e a Fifa retroceda, que a copa seja inviabilizada por massivas categorias em paralisação, e que o mundo veja o poder de luta da nossa classe trabalhadora e da nossa juventude.
Queremos um Brasil para os trabalhadores! Queremos salários dignos e qualidade de vida! Queremos o socialismo!
Fora Dilma!
Poder para o povo!


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